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Publicado em 24/08/2020 as 10:00pm

Brasileiros têm graduação no exterior ameaçada por pandemia de Covid-19

O sonho de estudar no exterior se transformou em motivo de preocupação para muitos brasileiros...

Brasileiros têm graduação no exterior ameaçada por pandemia de Covid-19 Pandemia ameaça graduação de brasileiros nos EUA

O sonho de estudar no exterior se transformou em motivo de preocupação para muitos brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Com o início do ano letivo no Hemisfério Norte previsto para setembro, muitos jovens se viram “presos” no Brasil sem poder entrar nos Estados Unidos e outros países que fecharam suas fronteiras às nações mais atingidas pelo coronavírus. Além disso, muitos estudantes aceitos em universidades na Europa estão impedidos de solicitar o visto nos consulados e embaixadas, que ainda estão em quarentena.

Thaina Pletsch Hu, de 21 anos, cursa neuropsicologia na Universidade do Estado do Colorado desde 2017. Em junho retornou à sua cidade em Santa Catarina para passar férias ao lado da família e agora se vê impedida de viajar ao Colorado para retomar as aulas, previstas para 24 de agosto. “É difícil se manter calma sem saber o que vai acontecer com nossos estudos, sonhos e bolsas”, diz.

Desde o fim de maio, os Estados Unidos proíbem a entrada de brasileiros em seu território. O governo de Donald Trump também restringiu a emissão de vistos para estrangeiros, visando a impedir a propagação do vírus. Washington, contudo, abriu exceções para estudantes da União Europeia.

Atualmente, Brasília negocia a possibilidade dos alunos brasileiros também serem isentos da regra. “Estamos olhando para isso muito de perto. Estamos cuidando de todos eles”, afirmou o presidente Donald Trump na última segunda-feira 17 ao ser questionado sobre a possibilidade. O Brasil é o 10º país que mais envia jovens para cursar universidade em território americano.

A catarinense Thaina Hu criou, ao lado de outros estudantes, uma página nas redes sociais para pedir ajuda ao governo brasileiro e às autoridades americanas. Intitulado de “We the foreigners”, ou “Nós, os estrangeiros” em tradução literal para o português, o grupo de 147 membros advoga pela assinatura de um acordo o mais rápido possível e criou uma petição online que já tem mais de 89.000 assinaturas.

“Procuramos a Embaixada brasileira em Washington e a Embaixada americana em Brasília e tudo que recebemos foram mensagens padrão dizendo que não poderiam nos ajudar”, diz Thaina, que também entrou em contato com o Itamaraty, mas não obteve resposta. “Investimos e lutamos muito por tudo isso. Tudo que aconteceu tem afetado muito minha saúde mental e de todos os estudantes”, afirma a estudante, cuja universidade dará início ao ano escolar com um sistema híbrido, intercalando aulas presenciais e online.

No fim de julho, o serviço de imigração e controle de aduanas americano (ICE) afirmou que novos estudantes estrangeiros cujas aulas fossem exclusivamente online não poderiam entrar no país. As universidades com sistemas mistos, porém, poderiam liberar a entrada dos imigrantes, desde que não estivessem na lista de nacionalidades barradas.

O mineiro Sudario Silva Junior, de 24 anos, luta contra a possibilidade de perder a bolsa integral e ajuda de custo de 22.000 dólares ao ano que ganhou para cursar um mestrado em Ciência Animal na Universidade de Minnesota. “O programa começa dia 28 de agosto, mas até agora não consegui solicitar o visto”, conta.

“Uma oportunidade como essa não surge do dia para a noite”, diz. o mineiro, que acaba de finalizar sua graduação em Zootecnia e iniciaria as aulas em Minneapolis no formato híbrido. “Estudei e trabalhei duro por essa bolsa, foram anos de investimento”

A embaixada e os consulados americanos no Brasil estão fechados desde o início da pandemia e todas as solicitações de visto suspensas, sem previsão de retorno.”Não há alternativas para os estudantes que ainda não tem visto”, explica o advogado especialista em migração Vinícius Bicalho. “Vivemos algo sem precedentes e medidas imigratórias restritivas foram necessárias para a segurança dos oficiais consulares”, diz.

Já os brasileiros que já possuem visto e apenas desejam retornar aos Estados Unidos, há a possibilidade de fazer uma quarentena de 15 dias em um país isento das medidas de restrição da imigração americana, como México e Reino Unido. A carioca Francesca Del Posso foi uma das que optou pelo investimento a mais para garantir os estudos.

“Passei 16 dias de quarentena no México na casa de uma amiga de infância e entrei nos Estados Unidos na primeira semana de agosto”, conta Francesca, que cursa o terceiro ano de Marketing e Relações Públicas na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. “Foi difícil ‘bater o martelo’ e resolver que realmente iria voltar, mas como não paguei hotel e alimentação não gastei tanto”.

Em nota à reportagem, a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirmou que está levando muito a sério a situação dos estudantes brasileiros. “Estamos procurando maneiras de garantir que estudantes – tanto os novos quanto os que retornarão aos seus estudos – tenham atenção prioritária assim que as entrevistas de visto forem retomadas”.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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