Governador anuncia que estenderá prazo da regra que impede despejos em Connecticut

O estado de Connecticut está dobrando o valor do dinheiro federal do coronavírus dedicado à assistência ao aluguel, mas os defensores ligados à habitação afirmam que está muito aquém do que é necessário para ajudar cerca de 130 mil famílias que, de acordo com uma estimativa, enfrentam possíveis ações de despejo até o final de dezembro.

Em comparação ao mesmo período, havia cerca de 20 mil pedidos de despejo em 2019, antes do início da pandemia.

O Governador Ned Lamont anunciou, no dia 21, que US $ 10 milhões serão adicionados aos US $ 10 milhões originais para o Programa de Assistência de Moradia para Aluguel Temporário. Além dos US $ 5 milhões para locatários que enfrentaram despejo anteriores, US $ 2,5 milhões para locatários excluídos da ajuda federal por causa de seu status de imigração e vários outros programas relacionados a habitação, o que dá um total de US $ 43,3 milhões.

Lamont disse que também planeja assinar, em breve, uma ordem executiva que estenderá a moratória sobre despejos residenciais até 1º de outubro.

Erin Kemple, diretora-executiva do Connecticut Fair Housing Center, disse que os US $ 20 milhões em assistência de aluguel provavelmente beneficiarão apenas 5.000 famílias, que são elegíveis para subsídios de US $ 4.000 pagos diretamente aos proprietários.

“A maioria dos outros estados estão contribuindo muito mais”, disse ela, observando que New Jersey gasta cerca de US $ 100 milhões do seu financiamento federal para o coronavírus em assistência para aluguel; Montana, investiu US $ 50 milhões e a cidade de Houston (Texas), um total de US $ 75 milhões. “Connecticut está entre os mais baixos”, acrescentou Kemple.

Max Reiss, diretor de comunicações de Lamont, disse que o governo quer "fazer tudo o que puder para ajudar os locatários". Ele não descartou que a administração possa fornecer mais financiamento de assistência de aluguel no futuro. “Reconhecemos que há dezenas de milhares de pessoas em Connecticut em busca de ajuda”, disse. “Esta não é apenas uma crise de saúde pública. É uma crise econômica também”.

Durante sua coletiva de imprensa, no dia 20, sobre o coronavírus, Lamont disse que a rodada adicional de financiamento "permitirá que proprietários negociem com um inquilino que estão em atraso ou podem atrasar seus pagamentos”.

Mas Kemple disse que há um grande grupo de pessoas que não terão essa oportunidade porque foram consideradas inelegíveis para o programa porque ganharam muito em 2019, embora tenham perdido seus empregos por causa da pandemia de coronavírus e possam e não conseguem pagar o aluguel agora. “Portanto, pessoas que eram trabalhadores essenciais, ganhando acima do salário mínimo durante 2019, não se qualificariam agora”, disse ela. “E agora, eles foram demitidos. Várias deles pegaram COVID-19 e, como resultado, não conseguem mais trabalhar. E eles estão sendo informados de que não são elegíveis para uma assistência do governo”.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.