Publicado em 31/08/2020 as 8:00pm
Acusado de matar a esposa no Maine, brasileiro tenta eliminar depoimento que deu aos policiais
Um homem de Hartford (Maine), acusado de assassinato tenta fazer com que um juiz ignore as...
Um homem de Hartford (Maine), acusado de assassinato tenta fazer com que um juiz ignore as declarações que ele fez aos policiais durante uma inspeção na cena do crime. O suspeito é o brasileiro Rondon Athayde, 48, que responde pelo assassinato de sua companheira, Ana Cordeiro, 41, cometido em 2018.
O casal tem dois filhos pequenos. Na primeira audiência de Athayde, em 14 de dezembro de 2018, o Procurador-geral adjunto, Robert Ellis, disse que uma autópsia foi realizada em Ana no dia anterior.
De acordo com o Escritório do Médico Legista, a causa de sua morte foi abuso físico agudo e crônico com extensa hemorragia interna e externa. A forma como ela morreu foi listada como homicídio.
Na quinta-feira, dia 27, no Tribunal Superior do Condado Oxford, o juiz William Stokes ouviu testemunhos e argumentos sobre a moção de Athayde para suprimir as provas.
O advogado de Athayde, Clifford Strike, de Portland, afirmou que seu cliente passou uma "quantidade extraordinária de tempo" sendo entrevistado por detetives da Polícia Estadual do Maine. Ele teria ficado quase oito horas na manhã de 13 de dezembro de 2018, depois de ligar para o 911 para relatar o incidente.
A polícia o levou de sua casa, em 62 Bear Mountain Road, para o Departamento de Polícia de Oxford, onde os detetives o interrogaram por horas ao longo da manhã. Em seguida, o levaram de volta para sua casa, naquela tarde, para que ele os conduzisse à cena do crime, explicando o que havia acontecido.
“Durante o interrogatório matinal, Athayde disse à polícia que estava se sentindo mal, que estava cansado e oprimido”, disse Strike ao juiz Stokes. “Apesar das afirmações particularmente repetidas de que ele estava se sentindo mal, nenhum esforço foi feito para oferecer qualquer tipo de assistência médica para ter certeza de que ele estava bem”, continuou. “Athayde é diabético”.
O único lugar para ele dormir era no chão da sala de interrogatório, de acordo com o advogado. “Athayde cuidou de suas filhas no dia anterior e teve que ficar acordado desde a ligação feita para o 911, pouco antes da 1 da manhã, naquele dia”, continuou o advogado.
O procurador-geral assistente, Donald Macomber, rebateu e disse que os detetives ofereceram comida ao brasileiro mais de uma vez e, embora ele se queixasse de estar se sentindo mal, nunca pediu assistência médica. “Athayde disse à polícia que estava cansado, mas nunca cansado demais para não querer participar”, afirmou.
Os detetives leram para ele os “Direitos de Miranda” antes das entrevistas matinais e o lembraram novamente de seus direitos antes das 4:41 pm, enquanto caminhavam pela cena do crime, de acordo com Macomber.
Sob interrogatório no banco das testemunhas, na quinta-feira, o Detetive da Polícia do Estado do Maine, Michael Chavez, disse que Athayde foi informado antes do interrogatório que ele poderia parar a qualquer momento, ou não precisava participar, "que sua cooperação era inteiramente voluntária". “Durante o passeio pela cena do crime, Athayde nunca disse que queria parar”, afirmou.
O advogado disse que seu cliente interpretou errado o momento em que voltou à cena do crime. Mas o policial rebateu e disse que não entende como Athayde poderia ter “interpretado mal” o motivo do retorno à sua casa.
“Após a inspeção, Athayde disse aos detetives que tinha sido tratado com justiça”, disse o polícia estadual do Maine, Herbert Leighton, que testemunhou na quinta-feira e esteve no local durante a entrevista na casa do brasileiro.
O juiz Stokes disse que revisaria as fitas das entrevistas policiais e leria os argumentos escritos antes de chegar a uma decisão sobre o pedido de supressão, provavelmente em meados de setembro ou depois.
Um intérprete de português estava de prontidão durante a audiência de quinta-feira, caso Athayde tivesse dificuldade em entender os termos em inglês usados no tribunal.
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Fonte: Redação - Brazilian Times.