Publicado em 2/10/2020 as 2:00pm
Violência: Brasileiro suspeito de matar a esposa a facadas se entrega à polícia
Os paranaenses Rodrigo Martins e Franciele Alves viviam com os dois filhos, um de 2 e outro de 4 anos de idade
Rodrigo Martins, de 27 anos, é acusado de ter matado a facadas Franciele Alves, de 29 anos. O casal tem 2 filhos
O brasileiro Rodrigo Martins, de 27 anos, se entregou à polícia da cidade de Choisy-le-Roi, na França, na noite do último sábado (26) após passar um dia foragido por suspeita de ter matado a esposa, identificada como Franciele Alves. O suspeito e a vítima são naturais do município de Paiçandu (PR).
O casal, que morava na cidade com dois filhos, de 2 e 4 anos, vivia clandestinamente na França há aproximadamente 2 anos. A vítima, de 29 anos, foi encontrada no apartamento em que morava com uma faca cravada no corpo.
A polícia chegou até o local pelo chamado de uma vizinha, que ouviu um barulho de discussão no apartamento. Após cometer o crime, Rodrigo saiu do local levando os 2 filhos do casal e os deixou na casa do patrão dele, a menos de 1 quilômetro de distância onde eles moravam, antes de fugir.
As crianças estão sob cuidados do governo francês. Além das condições nas quais o corpo de Franciele foi encontrado, mensagens trocadas entre a vítima e parentes antes de morrer levantaram suspeitas de que Rodrigo fosse culpado pelo assassinato.
Poucas semanas antes do crime, Franciele teria contado a amigos que enfrentava problemas no relacionamento e que, portanto, esperava uma mudança por parte do companheiro. Agora, os familiares buscam uma forma de arrecadar dinheiro para repatriar o corpo da vítima e levar as crianças ao Brasil.
Ainda não há informações sobre as acusações que Rodrigo enfrentará perante a justiça.
Violência doméstica na pandemia:
Os casos de agressão contra mulheres são uma realidade no Brasil e em outros países antes mesmo da pandemia do novo coronavírus. Infelizmente, todo tipo de violência contra a mulher, incluindo o feminicídio, é refletido em estatísticas assustadoras e se tornou um grande problema de saúde pública e de violação dos direitos humanos das mulheres. Com a necessidade de isolamento social, resultado da emergência do novo coronavírus, o quadro se agravou ainda mais e o número de denúncias, ao contrário, diminuiu bastante, pela falta de acesso presencial às delegacias, entre outros órgãos competentes, nesse período.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) pedem aos governos que lidem com a situação como prioridade no período de pandemia. Em abril, a ONU Mulheres, entidade para igualdade de gênero e empoderamento, lançou o relatório “A sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19”, apontando o aumento da crise de violência doméstica, crise essa que já trazia dados como uma em cada três mulheres já sofreu violência física e/ou sexual no mundo.
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Fonte: Redação - Brazilian Times.
