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Publicado em 23/10/2020 as 10:00am

Brasileira pede ajuda para recuperar o filho: “Tomaram o meu filho de mim”

Através de uma campanha que emocionou brasileiros em diversas partes dos Estados Unidos, a...

Brasileira pede ajuda para recuperar o filho: “Tomaram o meu filho de mim” Foto de Bianca divulgada na página da campanha

Através de uma campanha que emocionou brasileiros em diversas partes dos Estados Unidos, a brasileira Bianca Cabral luta para recuperar a guarda do seu filho. Ela mora em San Diego, na Califórnia e de acordo com informações, em setembro de 2017 conheceu seu marido. “Éramos muito felizes juntos e em 12 de fevereiro de 2018 nos casamos”, disse.

Bianca acrescenta que a sua gravidez foi uma surpresa, “porque de acordo com os médicos”, seria muito difícil ela engravidar devido a cistos que tinha nos ovários. “Ser mãe sempre foi o meu maior sonho e ao mesmo tempo ficamos maravilhados com a notícia, nos sentimos muito abençoados e ficamos muitos felizes ao saber que seriamos pais”, continua.

Mas ela começou a ter problemas com o marido. Bianca explica que antes mesmo da gravidez ele a tratava mal e me colocava para baixo, mas depois lhe dava flores, chocolates e fazia promessas. “Eu acreditava que ele estava sendo honesto”, disse.

Mas ela explica que depois que o bebê nasceu, o relacionamento começou a piorar, mas ela queria acreditar que estava casada com um homem perfeito e não conseguia ver que o realmente estava acontecendo. “Hoje percebo que eu estava em um relacionamento abusivo, tanto psicológica como fisicamente”, acrescenta. 

O seu marido sempre dizia que sem ele, ela nunca conseguiria conquistar seus sonhos, ser uma boa mãe ou dar uma boa vida para seu filho. “Em um dos casos de agressão, ele, pelas minhas costas, me enforcou com o braço (deu uma gravata), me pressionando contra a parede. Nessa situação eu estava com meu filho de apenas dois meses no colo. Com um dos braços, segurei meu bebê enquanto com o outro tentei de alguma forma me desvencilhar dele. Consegui arranhar o rosto dele e sai correndo pela rua, gritando por ajuda”, explica. “Neste mesmo momento, ele ligou para a polícia dizendo que eu o tinha agredido e que estava correndo pela rua com seu filho nos braços”, continuou.

A polícia apareceu e prendeu a brasileira por 14 dias sob a acusação de agredi-lo. “Consegui ser solta porque a minha família se juntou para conseguir um advogado, pois se dependesse dele eu estaria lá até hoje”, afirma.

Depois disso, o casal se reconciliou e Bianca diz que ainda acreditava no amor dele por ela e pela família. “Acreditava que ele iria mudar, mas ao mesmo tempo em que ele estava comigo, a família dele não queria nossa reconciliação e disse que faria de tudo para que não ficássemos juntos”, segue.

Bianca ressalta que quando achou que o pior já havia passado, tudo começou a ficar pior.

No último dia 16 de setembro, às 6:30 pm, uma assistente social entrou na casa da brasileira e tomou seu filho, alegando uma denúncia de agressividade. “Fiquei sem reação e não tinha nada que pudesse fazer naquele momento. Levaram meu filho, levaram ele de mim”, chora.

De acordo com ela, o mais horrível é que foi a sua sogra e seu sogro que fizeram esta denúncia. Eles alegaram que ela era uma pessoa muito agressiva, que agredia verbalmente e fisicamente o seu marido e que eles estavam preocupados com o bebê.

O seu marido também não concordou com esta denúncia, mas depois de dois dias que o bebê tinha sido tirado deles, ele foi embora. “Não tenho mais contato com ele deste então”, disse.

A primeira audiência aconteceu no dia 21 de setembro e a segunda, no dia 22 de setembro. Em nenhuma delas a brasileira tive a chance de se pronunciar ou se defender. Elas aconteceram para esclarecer a situação e para ela entender o que deve fazer para recuperar o seu filho. Uma das exigências é provar independência financeira do seu marido. 

“Com a graça de Deus, eu estou amamentando ainda, pois meu bebê está com 10 meses. Por isso eu posso vê-lo quatro vezes por dia, durante 30 minutos”, disse.

De acordo com ela, os próximos passo da justiça é encontrar uma casa onde o bebê possa ficar até que tudo seja resolvido. Eles dão preferência para os familiares e a primeira pessoa procurada foi sua sogra, que recusou ser a guardiã. “Então eu tenho uma pessoa muito especial, que gosta muito de mim e aceitou ter a guarda do meu filho durante este período”, explicou.

Hoje tenho um promotor público me representando, mas sei que assim como eu, ele tem muitas outras famílias para ajudar, por isso preciso contratar um advogado o mais rápido possível, além de advogado de família e de imigração. 

Bianca acrescentou que este processo vai custar muito caro e que somente as despesas de advogado estão orçadas em torno de US $10,000.00, mais $5,000 a $8,000 em honorários entre reuniões e audiências.

“Preciso provar para a justiça que consigo viver completamente independente do meu marido, porque não podemos mais vivermos juntos. Então preciso de mais dinheiro para o depósito inicial do aluguel e o primeiro mês. Estamos falando de algo em torno de $2.500 ($1,500 de aluguel + $1,000 de depósito)”, explicou.

Ela também precisa apresentar à justiça um planejamento de como pretende cuidar o filho, enquanto trabalha, como farei com as despesas e quem são as pessoas que podem ajudá-la. “Ao mesmo tempo que estou correndo para cumprir todas as exigências feitas para ter o meu filho de volta, amamentando ele, trabalho como faxineiras no período da noite”, disse.

Bianca destacou que está desesperada e não tem mais ninguém para pedir ajuda aqui. “A minha família está toda mobilizado e muitos estão ajudando, mas o dólar é muito caro. Nenhuma criança deve ficar longe de sua mãe. Estou com medo de perder meu bebê para adoção. Estou com medo de não ser capaz de segurar meu bebê em meus braços novamente. Eu preciso de sua ajuda por favor”, implora.

Para conseguir o dinheiro e cobrir todas as despesas, ela abriu uma campanha no site GoFundMe com o objetivo de arrecadar a quantia de US $ 25,000 e até a tarde desta quinta-feira, dia 22, havia disso doado pouco mais de US $ 10,000. Quem quiser ajudar é só acessar o link https://bit.ly/35qobiM e fazer uma doação de qualquer valor.

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Fonte: Redação Brazilian Times

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