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Publicado em 20/11/2020 as 12:00pm

Brasileiro confessa que matou esposa trans com golpes de garfo e faca

A comunidade LGBTQ de Miami, na Flórida, está de luto pela morte de Yunieski Carey Herrera,...

Brasileiro confessa que matou esposa trans com golpes de garfo e faca Ygor disse que estava sob efeito da metanfetamina quando cometeu o crime

A comunidade LGBTQ de Miami, na Flórida, está de luto pela morte de Yunieski Carey Herrera, uma querida mulher transgênero. O corpo dela foi encontrado por policiais dentro de seu apartamento, no 19º andar de condomínio. De acordo com as informações, os detetives identificaram o assassino como um homem de 27 anos que confessou estar sob a influência de metanfetamina quando usou um garfo e uma faca para matá-la durante um acesso de ciúme.

O acusado, o brasileiro Ygor Arruda Souza, chorou quando compareceu ao tribunal do condado de Miami-Dade nesta quarta-feira, dia 18. Ele enfrenta uma acusação de assassinato de segundo grau pela morte de Yunieski, uma dançarina de salsa cubana e artista que competiu em concursos de beleza por anos.

“Comecei em 2004, quando fui convidada para ser modelo para um desfile de moda local em Los Angeles e fiquei viciada”, disse ela a um blogueiro em 2015, acrescentando que os desfiles se tornaram a “paixão de vida”.

Yunieski também era conhecida como a modelo “Yuni Carey” e uma ativista local de destaque. O amigo dela, Raul Griffith, disse que ela era uma estrela graciosa amada e admirada na comunidade LGBTQ. “Eu a amava como uma irmã”.

Ele acrescentou que além de ser incrivelmente bonita, ela era gentil e boa e se importava muito com os outros.

Arianna Innuritegui-Lint, diretora executiva do Arianna’s Center, uma organização sem fins lucrativos que visa capacitar a comunidade trans do sul da Flórida, disse que Yunieski foi "incrível" e "doce". Ela se lembra dela como alguém que realizou seus sonhos e queria ajudar outras pessoas a fazer o mesmo.

Innuritegui-Lint ainda não conseguia acreditar que Yunieski havia se tornado a 36ª mulher trans a ser assassinada este ano nos Estados Unidos e que isso aconteceu durante a Semana de Conscientização Transgênero.

De acordo com o relatório da prisão, Ygor é um dançarino brasileiro que amava tanto Yunieski que tinha uma tatuagem escrito “Yuni” em seu quadril esquerdo. Ela compartilhou um vídeo público em 15 de outubro, mostrando-o fazendo a tatuagem. “Ele tem meu nome! Meu marido me ama”, escreveu Yunieski na publicação.

Foi o brasileiro que ligou para a polícia e confessou o crime

Ygor ligou para o 911 por volta das 4:25 am, de terça-feira, dia 17. Ele disse aos policiais que a metanfetamina havia arruinado sua vida e que ele havia esfaqueado sua esposa dentro de seu apartamento na Art Plaza Tower, em 58 NE 14th St., Apt. 1902, perto do Adrienne Arsht Center for the Performing Arts.

Uma equipe do Miami Fire Rescue declarou a morte de Yunieski às 4:38 am. Ela tinha 39 anos.

Durante o interrogatório, Ygor disse a um detetive que estava discutindo com Yunieski quando ela lhe disse que " tinha um homem melhor" do que ele. Ele relatou que foi à cozinha pegar a faca e o garfo, e a empurrou da cama e a esfaqueou quando ela estava no chão.

Ygor “a esfaqueou várias vezes até perceber o que tinha feito”, escreveu um policial no relatório, acrescentando que durante sua confissão ele também disse que “merece o castigo que vai receber”.

Ygor tinha um histórico recente de violência. Os registros do tribunal do condado de Miami-Dade mostram que ele foi preso em janeiro por três acusações de agressão. O caso continua aberto e ele tem uma audiência de julgamento em 8 de março.

Os registros do Centro de Correções e Reabilitação de Miami-Dade mostram que o brasileiro estava em liberdade sob fiança quando o assassinato aconteceu e que tem um pedido de custódia do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês). Agora ele continua detido sem fiança no Turner Guilford Knight Correctional Center.

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Fonte: Redação Brazilian Times

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