Estudo: Adultos de 20 a 49 anos são os maiores propagadores de COVID-19 nos EUA

Adultos de 20 a 49 anos são os maiores disseminadores de COVID-19 nos EUA, de acordo com pesquisadores britânicos que afirmam que direcionar a vacinação a esse grupo de idade pode acelerar a reabertura das escolas. Uma equipe do Imperial College London usou dados de telefones celulares de mais de 10 milhões de pessoas para calcular que 65 em 100 infecções se originaram nas idades de 20 a 49 anos nos Estados Unidos. Eles descobriram que as pessoas nessa faixa etária eram responsáveis por cerca de 72% dos casos depois que as escolas reabriram em outubro. Menos de 5% vieram de crianças e menos de 10% de adolescentes.

Aqueles com idades entre 35 e 49 anos foram responsáveis por 41% dos novos casos até meados de agosto, em comparação com 35% para adultos com idades entre 20 e 34, de acordo com o estudo revisado por pares publicado na revista Science.

“Descobrimos que adultos de 20 a 49 anos são os principais impulsionadores da epidemia de COVID-19 nos Estados Unidos e são os únicos grupos etários que contribuem de forma desproporcional para a propagação, em relação ao tamanho da população”, disse a Dra. Melodie Monod, do Imperial College London.

“Embora crianças e adolescentes contribuem mais para a disseminação do COVID-19 desde que os mandatos de fechamento das escolas foram suspensos no outono de 2020, descobrimos que essa dinâmica não mudou substancialmente desde a reabertura da escola”, acrescentou ela.

O Dr. Oliver Ratmann, também do Imperial College London, disse: “Acreditamos que este estudo seja importante porque demonstramos que os adultos de 20 a 49 anos são os únicos grupos de idade que mantiveram consistentemente o COVID-19 espalhado pelos EUA, apesar das grandes variações na escala e no tempo epidemias locais", afirmou.

“Assim, pelo menos onde as variantes altamente transmissíveis não foram estabelecidas, intervenções adicionais direcionadas ao grupo de 20-49 anos podem trazer epidemias ressurgentes sob controle e evitar mortes”, acrescentou.

Enquanto isso, um novo estudo sugere que os anticorpos contra o coronavírus duram pelo menos seis meses após a infecção para a maioria das pessoas que contraíram o vírus. A pesquisa do UK Biobank descobriu que 99% dos participantes com teste positivo para infecção anterior retiveram anticorpos durante três meses após a infecção, enquanto 88% o fizeram durante os seis meses completos do estudo, de acordo com a revista Sky News.

“Este importante estudo revelou que a grande maioria das pessoas retém anticorpos detectáveis por pelo menos seis meses após a infecção com o coronavírus”, disse a professora Naomi Allen, cientista-chefe do Biobank no Reino Unido.

“Embora não possamos ter certeza de como isso se relaciona com a imunidade, os resultados sugerem que as pessoas podem estar protegidas contra infecções subsequentes por pelo menos seis meses após a infecção natural”, disse Allen.

“Um acompanhamento mais prolongado nos permitirá determinar quanto tempo essa proteção pode durar”, concluiu ela.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.