ALERTA: Mesmo sendo entubados, pacientes ainda não acreditam. A negação do COVID "não morre"

Os profissionais de saúde já viram muitos incidentes dramáticos durante a pandemia de COVID-19, mas nada mais trágico do que isso: A visão de crianças cheias de culpa que acreditam ter matado um pai não vacinado ao levarem o vírus para casa.

“E enquanto eles estão morrendo, as crianças estão ao lado da cama se desculpando”, conta uma enfermeira do hospital.

"Você realmente viu isso?" Foi perguntada. “Várias vezes”, respondeu a enfermeira.
Uma enfermeira de Kansas City, que não pôde usar seu nome porque não está autorizada a falar com a mídia, ocasionalmente compartilha esta tragédia inconcebível e indescritível com companheiros que insistem em expor seus pontos de vista antivacinas.

Alguns deles ficam envergonhados em silêncio pelo que ela lhes diz. Entretanto, outros se apegam obstinadamente ao desafio, mesmo depois de ouvir falar de pais que deixaram seus filhos órfãos ou os deixaram com uma vida inteira de culpa por algo que claramente não foi culpa das crianças.

Claro que não é culpa das crianças por terem deixado seu pai ou mãe não vacinado mortalmente doente. Embora papai ou mamãe pudessem ser vacinados facilmente, os filhos não. “Entretanto, eles ainda se sentem péssimos, porque sentem que mataram seus pais”, relata a enfermeira.

 Muitos brasileiros também não acreditam:

O jornalista Leonardo Ferreira conversou  com um imigrante brasileiro (nome omitido) residente no bairro do Ironbound, em Newark (NJ), que disse acreditar que a vacina contra o COVID era "uma estratégia governamental para controlar as pessoas e que ele 'confiava' no sistema imunológico dele para combater a doença".

"Confio no meu corpo, não tomei e não vou tomar essa vacina!!" Disse o brasileiro exaltado durante a breve conversa.

Além disso, ele citou um suposto país onde o número de mortes entre as pessoas vacinadas contra o COVID era muito mais alto que entre aqueles não vacinados, embora não soubesse especificar o nome dessa nação. 

"Eu vou procurar na internet e depois eu te digo", respondeu ele ao ser perguntado qual era tal país.  

A resistência à vacina contra o COVID continua indefinidamente, mesmo em meio à variante delta e entre os funcionários do hospital que podem ajudar, se não os pacientes moribundos, então seus sobreviventes. Surpreendentemente, muitos daqueles que viram um ente querido morrer ainda se recusam a ser vacinados.

“Nós discutimos isso. Tentamos forçar. Nossos médicos tentam forçar ", diz a enfermeira sobre os esforços para vacinar os sobreviventes dos mortos e moribundos do COVID. “Parece que na maioria das vezes eles não querem”.

Medo e desconfiança da vacina:

A enfermeira relatou que a maioria reclama de não saber o que há na injeção ou simplesmente não confia nela ou no governo. Ou eles dizem que passaram tanto tempo sem serem contaminados, então eles deveriam ficar bem, ao contrário de seu ente querido que sucumbiu a isso.

A hesitação à vacinação, que alimenta o hospital da enfermeira com um fluxo interminável de pacientes de alguns dos condados mais resistentes à vacinação dos EUA, pode ser vista mesmo nos mais desesperadamente doentes. Um homem prestes a precisar de intubação disse à colega da enfermeira que ela era uma idiota por ter sido vacinada.

“Ele perguntou se ela havia tomado a vacina e ele disse:‘ Você é idiota”, relatou a enfermeira. “Acabei de dizer a ela sobre como todo mundo está acreditando no que o governo diz e o COVID não é real e você não deveria tomar a vacina. Enquanto ele está deitado em uma cama da UTI".

Ele saiu conectado a um tanque de oxigênio; posteriormente, posto em um ventilador 12 horas depois.

A negação:

Outro homem, não o único, repreendeu a equipe do hospital por insistir para que ele fosse internado. Ele saiu, embora conectado ao tanque de oxigênio, insistindo que o COVID não é real.

“E então descobrimos que ele estava em (outro hospital) dentro de 12 horas em um ventilador”, diz a enfermeira. “Ele estava, o tempo todo, apenas dizendo, tipo,‘ COVID não é real. Vocês são idiotas'.

“Eu poderia contar a você aquela história sobre todos os dias, que eles estão apenas gritando com a gente e vão embora e depois voltam ou vão para (outro hospital) porque estão piores do que quando saíram. E, enquanto estão sendo intubados, eles ainda não acreditam.

“Estamos todos tão exaustos que não queremos implorar para você ficar, mas porque sabemos que você vai embora e morrer”, diz a enfermeira.

“Se essa história não o fizer mudar de ideia, eu realmente não me importo em falar com você”, diz minha enfermeira, com naturalidade. "Se isso não te incomoda, não sei o que vai te incomodar".

"Em última análise, a pior parte é ver crianças que vão crescer acreditando que mataram um pai não vacinado, quando na verdade a teimosia, a ignorância ou o cinismo causaram a morte", concluiu a profissional.

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