RACISMO: Adolescentes, branco e negro, brigam em shopping de NJ e polícia algema só o negro

Um garoto de New Jersey envolvido em uma briga em shopping que se tornou viral nas redes sociais está chamando os policiais de racista. Isso porque havia duas pessoa envolvidas na confusão, um menino branco e um negro, mas somente o segundo foi algemado enquanto o outro foi orientado a ficar sentado em um sofá.

Um jovem de 15 anos, descendente de colombianos e paquistaneses, chamado Joseph, disse que tentava impedir a briga, que ocorreu no dia 12, no Bridgewater Commons Mall. Ele e Z'Kye Husain entraram em confronto físico.

Joseph disse que quando os policiais chegaram sugeriu ser algemado depois que presenciou a cena de injustiça e racismo.

Sem saber o que estava acontecendo, os policiais algemaram apenas um dos adolescentes e “trataram o outro com toda educação possivel, colocando-o sentado no sofá”.

O garoto algemado era Z'Kye Husain, um negro de 14 anos de idade.

“Não entendo por que eles o prenderam e não a mim”, disse Joseph. “Eu digo que isso foi simplesmente racista. Como eu disse, até me ofereci para ser preso, mas preferiam algemá-lo”, disse o menino branco.

O vídeo mostrou os adolescentes trocando socos e empurrando uns aos outros, mas os policiais de Bridgewater que responderam seguraram Z'Kye com força e algemaram o aluno da oitava série enquanto Joseph foi deixado sentado em um sofá.

De acordo com Joseph havia rumores de que um grupo de adolescentes planejava atacar outro menino no shopping, mas o alvo nunca apareceu. O garoto de 15 anos então confrontou outro adolescente, um aluno da sétima série que supostamente planejava instigar a briga.

Ao tentar separar, Joseph e Kye entrarm em luta física. “Quando vi as imagens, confirmaram minha opinião de que os policiais agiram errado. Eu até me ofereci para ser algemado, me ofereci para ser detido depois que Kye foi detido, e eles recusaram minha oferta. Eu até perguntei por que eles detiveram Kyle e não eu, e eles disseram porque Kye estava resistindo”, afirmou.

O advogado de direitos civis Ben Crump, que está representando Kye e sua mãe, pediu à polícia de Bridgewater que demita os policiais envolvidos, alegando que eles "descaradamente" traçaram o perfil racial do adolescente negro.

“A única coisa que eu vi foi o policial em cima de mim. Eu estava com medo e isso me fez pensar. Isso me fez sentir pequeno e inferior; como se eu fosse menos importante do que o outro garoto”, disse adolescente negro.

A mãe de Kye também foi informada pelo chefe de segurança do shopping que ela seria responsável pelo custo de uma mesa quebrada durante a luta. “Essa cobrança ofensiva e inaceitável continua a exemplificar o tratamento diferenciado dado a famílias brancas e famílias negras nos Estados Unidos”, disse Crump. “As únicas pessoas que devem ser solicitadas a pagar pela mesa danificada são aquelas que se envolveram em um policiamento tendencioso e fizeram com que ela fosse danificada”, acrescentou.

Nenhum dos adolescentes foi acusado e Kye foi liberado sob a custódia de sua mãe cerca de 30 minutos após a briga. Tanto ele, quanto Joseph, foram banidos do shopping por três anos.

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