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Publicado em 15/06/2022 as 10:00am

Brasileiras são presas e acusadas de esquema ilegal de troca de cheques que movimentou US$ 175 milhões

Na semana passada, duas brasileiras que residem no condado de Burlington e têm negócios em...

Brasileiras são presas e acusadas de esquema ilegal de troca de cheques que movimentou US$ 175 milhões Operações ilegais ocorriam na Via Brasil

Na semana passada, duas brasileiras que residem no condado de Burlington e têm negócios em Riverside, New Jersey e Filadélfia, Pensilvânia, foram presas e acusadas de operar um esquema ilegal de desconto de cheques. De acodo com a denúncia, elas não possuem licença para prestar o serviço e mesmo assim descontou mais de US $ 175 milhões em cheques e não apresentou Relatórios de Transações de Moeda (CTRs, sigla em inglês).

O procurador dos Estados Unidos, Philip R. Sellinger, foi quem fez o anúncio da prisão.

Luciana Machado, 42, de Riverside, e Juliana Gomes-Souza, 45, de Cinnaminson, são acusadas de conspiração por não apresentar CTRs e operar um negócio de troca de cheques sem licença.

De acordo com documentos judiciais e declarações feitas em Tribunal, desde 2018, as duas operam dois negócios – Via Brazil I, em Riverside, e Via Brazil II, em Filadélfia – como uma empresa criminosa que permitiu que pessoas sacassem mais de US$ 175 milhões em cheques sem gerar CTRs ou registros financeiros identificando seus clientes.

Os CTRs devem ser preenchidos em transações financeiras com valores acima de US$ 10 mil. A denúncia diz, ainda, que no dia 22 de setembro de 2021 os investigadores flagraram uma "transação secreta" realizada pelas empresas das brasileiras. Na época, uma das suspeitas pegou o cheque de um cliente, no valor de US$ 10 mil, e sacou dinheiro em um caixa eletrônico, descontando a taxa de 1,75% que cobrava pela transação. “A suspeita fotocopiou o cheque e fez o cliente anotar seu nome e fornecer um número de telefone no verso”, diz a investigação. “Ela (brasileira) não pediu identificação do cliente, não registrou a transação em CTR e não depositou o cheque em nenhuma conta declarada de suas empresas”, continuou.

De acordo com o Procurador, este tipo de esquema facilita a capacidade dos clientes de pagar funcionários e trabalhadores em dinheiro, evitando a folha de pagamento e impostos de renda.

A acusação acarreta uma pena máxima potencial de cinco anos de prisão e uma multa de US$ 250.000, ou duas vezes o ganho financeiro bruto obtido ou duas vezes a perda causada pelo crime, o que for maior.

O Procurador destacou o trabalho dos agentes especiais da IRS-Criminal Investigation, sob a direção da agente especial interina responsável, Tammy Tomlins; inspetores do Serviço de Inspeção Postal dos Estados Unidos, sob a direção do Inspetor Encarregado, Damon Wood, Divisão Filadélfia; agentes especiais do Departamento de Segurança Interna e Departamento de Investigações de Segurança Interna, sob a direção do Agente Especial Encarregado, William Walker; agentes especiais do Departamento do Trabalho dos EUA, Escritório do Inspetor Geral, Região de New York, sob a direção do Agente Especial Encarregado Jonathan Mellone; agentes da Federal Deposit Insurance Corporation, Escritório do Inspetor Geral, região de New York, sob a direção da Agente Especial Encarregada Patricia Tarasca; agentes da Comissão de Investigação do Estado de New Jersey, sob a direção do Diretor Executivo Chadd W. Lackey; oficiais do Departamento de Polícia de Cinnaminson, sob a direção do chefe Richard Calabrese; e oficiais do Departamento de Polícia de Riverside sob a direção do chefe H. David Jaensch.

Ele também agradeceu ao Gabinete do Procurador do Condado de Burlington, sob a direção da Procuradora Interina, LaChia L. Bradshaw, por sua assistência no caso.



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