Mais um brasileiro de Massachusetts é indiciado em esquema de roubo de identidade e fraude em aplicativos de viagem e entrega

Um ex-residente de Fall River (Massachusetts) foi indiciado por um grande júri federal em Boston no dia 27 de outubro por envolvimento em um esquema nacional que abriu contas fraudulentas em aplicativos de serviços de transporte e entrega.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o brasileiro Caio Felipe Oliveira dos Santos, 27, foi indiciado por uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica e roubo de identidade agravado.

O caso ficou conhecido em todo o mundo depois que o esquema foi descoberto e vários brasileiros foram presos e indiciados. A acusação afirma que Caio e os outros conspiraram para usar identidades roubadas e documentos falsificados para abrir as contas. Depois eles vendiam ou alugavam essas contas para motoristas individuais que, de outra forma, não se qualificariam para dirigir para os aplicativos.

A acusação alega ainda que os acusados exploraram os programas de bônus de referência oferecidos pelas empresas e usaram “bots” e tecnologia de “spoofing” de GPS para aumentar a receita obtida com as empresas.

Como resultado do esquema, os formulários 1099 do Internal Revenue Service foram gerados nos nomes das vítimas que tiveram suas identidades roubadas.

Caio e os demais acusados usaram as identidades das vítimas para solicitar as contas de motorista, permitindo que passassem pelas verificações de antecedentes exigidas dessas empresas. Às vezes, os acusados também editavam as imagens das carteiras de motorista das vítimas para exibir fotos dos motoristas que alugavam ou compravam as contas fraudulentas.

O esquema obtinha os nomes das vítimas, datas de nascimento, informações da carteira de motorista e/ou números do seguro social obtidos através quando elas solicitavam algum serviço ou através de sites na Dark Net. Eles também obtiveram imagens da carteira de motorista diretamente das vítimas, fotografando as carteiras enquanto completavam uma entrega de bebida alcoólica por meio de um dos serviços.

Dezoito pessoas foram indiciadas em conexão com o esquema em maio de 2021. Quinze desses réus foram presos, enquanto três continuam foragidos. Se você acredita que pode ser vítima neste caso, visite o link https://bit.ly/3fxvA90

A acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica prevê uma sentença de até 20 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 250.000 ou o dobro do ganho ou perda bruta do crime, o que for maior. A acusação de roubo de identidade agravado prevê um mínimo obrigatório de dois anos de prisão, a ser cumprida consecutivamente a qualquer outra pena imposta. As sentenças são impostas por um juiz do tribunal distrital federal com base nas Diretrizes de Sentença dos EUA e nos estatutos que regem a determinação de uma sentença em um caso criminal.

A procuradora dos Estados Unidos, Rachael S. Rollins, e Joseph R. Bonavolonta, agente especial encarregado do Federal Bureau of Investigation/Boston Division, fizeram o anúncio do indiciamento de Caio.

Os réus são presumidos inocentes, a menos e até que se prove a sua culpa.

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