Polícia da Califórnia quer que robôs tenham “permissão para matar”

Uma solicitação inusitada se tornou assunto na mídia norte-americana neste final de semana. De acordo com as leis da robótica, criadas por Isaac Asimov, um robô não pode ferir seres humanos. Mas pelo que parece isso se aplica apenas no mundo da ficção, pois o Departamento de Polícia de São Francisco, Califórnia, propôs uma política que permite o uso de robôs como força letal.

Desta forma, “as máquinas teriam permissão para matar”.

De acordo com o projeto do departamento, “robôs seriam usados somente em situações em que o risco de morte é iminente, tanto para policiais quanto para cidadãos comuns”. Além disso, a outra condição para que a permissão seja liberada é que as máquinas só entrem em ação quando não houver uma opção de força menos drástica.

Mas esta ideia não é exclusiva do SFPD. Em 2016, o Departamento de Polícia de Dallas, Texas, equipou um robô de desarme de bombas com um explosivo para matar um indivíduo que assassinou cinco policiais. Na ocasião, o chefe de polícia da cidade declarou que não teve outra opção para parar o sujeito.

Quem defende esta permissão, afirma que o uso de robôs como força letal pela polícia só seria empregado somente em último caso, “quando todos os demais recursos se mostrarem insuficientes para a situação”.

OPOSIÇÃO

Um dos movimentos que contrariam ou questionam o uso de robôs como força letal é promovido por empresas do setor. A Boston Dynamics se uniu a companhias como Agility Robotics, ANYbotics e Open Robotics para criticar a ideia.

A empresa destacou que “não acredita que adicionar armas a robôs operados remotamente ou de modo autônomo, amplamente disponíveis ao público e capazes de alcançar lugares previamente inacessíveis em que pessoas vivem e trabalham, pode gerar novos riscos de danos e sérios problemas éticos.

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