Irmãos torturados por pais adotivos recebem US$ 7 mi por negligência de Massachusetts

da redação

Quatro irmãos que sofreram abusos físicos e psicológicos nas mãos de pais adotivos chegaram a um acordo de US$ 7 milhões com o Estado de Massachusetts. As vítimas passaram mais de uma década sendo maltratadas por Susan e Raymond Blouin, em uma residência infame apelidada de "casa dos horrores".

Alegam que o Estado tinha conhecimento dos perigos que enfrentavam, porém nada fez para protegê-los, resultando na perda de sua infância. O caso, amplamente divulgado em 2019, revelou falhas graves no sistema de acolhimento. O Departamento de Apoio às Crianças e Família, bem como 17 funcionários, incluindo assistentes sociais, supervisores e investigadores, foram processados pelos irmãos.

Acusa-se o Estado de permitir que as crianças continuassem sob os cuidados dos agressores, mesmo diante de evidências de risco. As vítimas relatam ter sido submetidas a jaulas de cães, abusos sexuais forçados e banhos gelados, sob ameaças de morte. Apesar de 14 denúncias ao Departamento de Apoio às Crianças e Família, todas foram ignoradas.

A família adotiva em questão já tinha histórico de violência, conforme detalhado pelos irmãos. "Embora nenhum valor possa reparar completamente o sofrimento, o acordo reconhece a responsabilidade do Estado em permitir que crianças de acolhimento fossem submetidas a torturas durante anos na casa dos Blouin", afirmou o advogado dos irmãos.