Estado da Geórgia acusa Trump e outras 18 pessoas de tentar cometer fraude eleitoral

Da redação

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi acusado de tentar reverter sua derrota eleitoral em 2020 no estado da Geórgia. Este é o quarto caso criminal movido contra ele em cinco meses.

Trump, que é o principal candidato republicano à presidência em 2024, foi indiciado juntamente com outros 18 aliados. Ele nega todas as 13 acusações, que incluem formação de quadrilha e interferência nas eleições.

Ele afirma que as acusações têm motivação política.

A procuradora da Geórgia, Fani Willis, iniciou uma investigação em fevereiro de 2021 sobre alegações de interferência eleitoral contra Trump e seus associados. Em uma denúncia de 98 páginas tornada pública na noite de segunda-feira, dia 14, os promotores listaram 41 acusações contra os 19 réus.

Willis anunciou que estava dando aos réus a oportunidade de se entregarem voluntariamente até o meio-dia de sexta-feira, 25 de agosto. Ela disse que planeja julgar todos os 19 acusados juntos. A lista de supostos coconspiradores inclui o ex-advogado de Trump, Rudy Giuliani, o ex-chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o ex-advogado da Casa Branca, John Eastman.

Outros incluem um ex-funcionário do departamento de justiça, Jeffrey Clark, e Sidney Powell e Jenna Ellis - duas advogadas de Trump que amplificaram alegações infundadas de fraude eleitoral generalizada.

A denúncia afirma que os réus "conscientemente e voluntariamente se uniram a uma conspiração para alterar ilegalmente o resultado da eleição a favor de Trump".

A denúncia se refere aos réus como uma "organização criminosa", acusando-os de outros crimes, incluindo influenciar testemunhas, acesso não autorizado a computadores, furto e perjúrio. A acusação mais grave, violando a Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Racketeer (RICO), é punível com até 20 anos de prisão.