Publicado em 26/11/2023 as 12:00pm
Jovens em áreas perigosas da Filadélfia e Chicago morrem mais do que militares americanos em zonas de conflito
Da redação Filadélfia e Chicago, duas metrópoles americanas nos estados da Pensilvânia e...
Da redação
Filadélfia e Chicago, duas metrópoles americanas nos estados da Pensilvânia e Illinois, enfrentam uma escalada alarmante da violência, especialmente entre jovens de 15 a 18 anos. De acordo com um estudo do JAMA Network, divulgado em dezembro de 2022 e reportado recentemente pelo New York The Sun, jovens residentes em áreas urbanas de alta periculosidade dessas cidades têm maior probabilidade de serem vítimas de tiroteios e homicídios do que soldados americanos em missões de guerra no Afeganistão ou no Iraque.
A pesquisa estabelece uma comparação sombria entre as taxas de mortalidade por 100 mil pessoas por ano entre jovens dessas regiões urbanas e soldados em conflitos internacionais. Os resultados são desconcertantes, indicando que jovens em certas partes de Filadélfia e Chicago enfrentam riscos muito maiores de morte violenta em comparação com seus colegas militares em zonas de guerra.
Em áreas consideradas violentas, um jovem na região norte da Filadélfia tem 1,91 vezes mais chance anual de ser morto do que um soldado dos EUA no Afeganistão. Em Chicago, no bairro Parque Garfield, essa probabilidade é ainda mais acentuada, com jovens enfrentando 3,23 vezes mais riscos de morrer por homicídio do que militares americanos no Afeganistão.
Os dados revelam uma dura realidade, mostrando que a média anual de mortes por 100 mil soldados no Afeganistão foi de 395 e 330 no Iraque. Em contraste, em áreas violentas de Chicago, essa média chega a 1.277, quase o dobro das taxas combinadas do Afeganistão e Iraque. Filadélfia registra uma média de 756.
Diversos fatores contribuem para esse aumento da violência urbana, incluindo a redução de orçamentos policiais, falta de patrulhamento, tráfico ilegal de armas, medidas progressistas na justiça criminal e o desinvestimento social em comunidades marginalizadas.
Ambas as cidades, comandadas por líderes democratas, estão enfrentando uma crise de segurança. Chicago, sob a liderança do prefeito Brandon Johnson, testemunhou um aumento de 36% na criminalidade geral desde 2021. As políticas de desfinanciamento da polícia e abrandamento criminal implementadas por Johnson têm sido criticadas por contribuir para esse cenário.
Em Filadélfia, o prefeito Jim Kenney, também democrata, viu a cidade atingir 500 homicídios em 2022, marcando o terceiro ano consecutivo de violência armada em níveis recordes. O atual promotor distrital, Larry Krasner, enfrentou críticas e até mesmo um processo de impeachment por suas políticas progressistas, incluindo o não indiciamento de acusados de crimes considerados "menores".
Ambas as cidades agora se veem em um cenário onde a eficácia das políticas progressistas adotadas por suas lideranças está sob escrutínio. Enquanto políticos republicanos e críticos clamam por medidas mais enérgicas, prefeitos e promotores distritais democratas atribuem a violência à "desigualdade social". Enquanto a comunidade local exige respostas, a crise de segurança continua a impactar diretamente a vida de jovens e famílias nessas áreas urbanas.