Publicado em 28/11/2023 as 8:00am
Polícia dos EUA prende suspeito de balear três estudantes palestinos e trata caso como ‘crime de ódio’
Da redação No estado de Vermont, a polícia deteve Jason Eaton, de 48 anos, sob a acusação...
Da redação
No estado de Vermont, a polícia deteve Jason Eaton, de 48 anos, sob a acusação de realizar um ataque a tiros contra três estudantes universitários de ascendência palestina. As autoridades consideram o incidente como um crime motivado pelo ódio, em meio a altas tensões relacionadas ao conflito entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas.
Eaton foi preso no domingo e deverá comparecer ao tribunal ainda hoje. O chefe de polícia da cidade de Burlington, Jon Murad, afirmou que evidências coletadas durante uma busca no apartamento de Eaton e dados adicionais forneceram motivos prováveis para acreditar que ele executou os disparos.
O ataque ocorreu em um contexto tenso, com episódios de violência registrados em campi universitários nos Estados Unidos. Segundo Murad, o atirador, descrito como "um homem branco que portava uma pistola", agiu sem pronunciar uma palavra e disparou pelo menos quatro vezes.
Duas das vítimas estão em condição estável, enquanto a terceira sofreu ferimentos mais graves. Dois dos estudantes são cidadãos dos Estados Unidos, enquanto o terceiro possui residência legal no país. Embora a motivação do atirador ainda não tenha sido conclusivamente determinada, é confirmado que dois dos jovens usavam "keffiyehs", tradicionais lenços de cabeça palestinos.
O Comitê Árabe Americano contra a Discriminação expressou preocupação, alegando ter razões para acreditar que o tiroteio ocorreu devido à origem árabe das vítimas. O pedido foi feito às autoridades de Vermont para investigar o incidente como um "crime de ódio". O presidente Joe Biden foi informado sobre o incidente, e o senador Bernie Sanders classificou o ataque como "impactante e profundamente decepcionante", reforçando que "o ódio não tem lugar" nos Estados Unidos ou em qualquer parte do mundo. As famílias das vítimas pedem uma investigação completa e justiça para o agressor.