Publicado em 7/01/2024 as 10:00am
Donald Trump inicia campanha em Iowa com declarações polêmicas e revisão da história eleitoral
Da redação Neste sábado (6), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou sua...
Da redação
Neste sábado (6), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou sua campanha eleitoral no estado de Iowa, marcando o início das movimentações para as primárias do Partido Republicano. Em um comício em Newton, Trump protagonizou um discurso polêmico, repleto de declarações controversas.
Dentre os pontos mais impactantes, Trump fez uma promessa questionável ao afirmar que venceria "pela terceira vez". Uma afirmação que, segundo a realidade, não encontra respaldo, já que o ex-presidente venceu em 2016, perdeu em 2020 para Joe Biden e, até o momento, não admitiu oficialmente a derrota.
Essa insistência em negar a derrota, vale ressaltar, tem suas raízes em eventos históricos conturbados. Há exatos três anos, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA, buscando reverter o resultado da eleição que o colocou como derrotado. O discurso atual do ex-presidente pode reacender tensões e relembrar um dos momentos mais sombrios da democracia norte-americana.
Enquanto Trump abordava os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021 de forma superficial, ele descreveu aqueles que atacaram o Capitólio como reféns e prometeu, caso seja reeleito, conceder muitos indultos. As primárias do Partido Republicano em Iowa, que ocorrem na próxima segunda-feira, serão o palco inicial para definir o candidato da legenda nas eleições presidenciais de novembro.
O ex-presidente não poupou críticas a Joe Biden, seu possível adversário, culpando-o pelo declínio econômico do país, caos nas fronteiras e pela invasão russa à Ucrânia. Trump chegou a sugerir que uma reeleição de Biden poderia levar à Terceira Guerra Mundial.
Apesar dos desafios legais e do risco iminente de prisão relacionado às tentativas de reverter os resultados eleitorais de 2020, pesquisas indicam que Trump mantém uma liderança confortável, com 60% dos votos nas eleições internas republicanas, distanciando-se dos principais concorrentes.
O ex-presidente, que nega ter incitado os apoiadores no ataque ao Capitólio, enfrentará um julgamento criminal em 4 de março, em Washington, para determinar sua responsabilidade nas alegações de tentar reverter os resultados eleitorais. O cenário político nos EUA permanece tenso, com Trump buscando reafirmar sua presença influente na arena política.