Tempestade no Maine deixa rastro de destruição e comunidades costeiras lidam com perda histórica

Da redação

Enquanto as pequenas cidades e portos de pesca ao longo da costa do Maine se esforçam para recolher os destroços da devastadora tempestade de quarta-feira e se preparam para a iminência de outra tempestade, as perdas contabilizadas vão além do aspecto financeiro.

A contemplação de uma linha costeira marcada por cais, rampas e ancoradouros ausentes, alguns dos quais resistiram ao teste do tempo por gerações, deixa os moradores não apenas contabilizando prejuízos materiais, mas também lidando com sentimentos de tristeza e desorientação diante da frente marítima arrasada.

Monique Coombs, diretora de programas comunitários da Associação de Pescadores da Costa do Maine, faz referência ao termo "solastalgia", cunhado pelo filósofo ambiental australiano Glenn Albrecht em 2008, para descrever a sensação de nostalgia quando se está em casa. Coombs destaca que os residentes já vinham experimentando esse sentimento, à medida que a privatização e a gentrificação transformam essas comunidades. Agora, a destruição causada pelas tempestades só intensifica esses sentimentos de tristeza.

Além das preocupações imediatas com a reconstrução, as comunidades costeiras enfrentam agora a batalha emocional de preservar não apenas suas estruturas físicas, mas também a rica história e identidade que moldaram suas linhas costeiras ao longo do tempo.