Ramaswamy e Hutchinson desistem de candidatura à Presidência dos EUA

da redação

Nesta terça-feira (16), Vivek Ramaswamy, 38, e Asa Hutchinson, 73, retiraram suas candidaturas pela indicação republicana à Casa Branca, um dia após o ex-presidente Donald Trump obter uma vitória expressiva na primeira batalha pela nomeação do partido, realizada em Iowa. Com 95% dos votos apurados, Trump conquistou 51% de apoio, o maior percentual já registrado em disputas internas do partido.

Ron DeSantis, governador da Flórida, ficou em segundo lugar com 21,2% dos votos, seguido por Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, com 19,1%. A robusta vitória de Trump fortaleceu as perspectivas de um confronto renovado entre o ex-presidente republicano e o atual presidente democrata, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Após desistir da corrida, Vivek Ramaswamy, um bilionário de ascendência indiana, que angariou 7,7% dos votos em Iowa, declarou seu apoio incondicional a Donald Trump. Ramaswamy, defensor ferrenho do ex-presidente, já o considerou "o melhor presidente americano do século 21" e comprometeu-se a conceder indulto a Trump caso seja eleito, desafiando os outros candidatos a se posicionarem sobre o assunto.

Donald Trump, envolto em problemas legais, enfrenta diversas acusações, incluindo a compra do silêncio de uma atriz pornô e a posse indevida de documentos secretos após deixar a Casa Branca. Ele também é réu nas investigações sobre as tentativas de reverter sua derrota na eleição presidencial de 2020 e na invasão do Capitólio em janeiro de 2021.

A retirada de Asa Hutchinson da corrida foi motivada pelos desafios judiciais enfrentados por Trump, tornando-se um entrave para o candidato que conseguiu menos de 1% dos votos em Iowa. Hutchinson, principal opositor de Trump dentro do partido, foi governador do Arkansas entre 2015 e 2023 e expressou críticas àqueles que sustentam a teoria de que a eleição de 2020 foi roubada.

Ramaswamy, que também desistiu da corrida nesta terça-feira, surpreendeu ao mudar sua estratégia antes do caucus de Iowa, inicialmente chamando Trump de fraude e apresentando-se como um candidato "do outro lado" no Partido Republicano. Ganhou destaque há mais de dois anos ao criticar a adesão de empresas a causas sociais e políticas, lançando em 2021 o best-seller "Woke, Inc.: Por Dentro do Golpe de Justiça Social da América Corporativa."

Defensor da ideia de que empresas não devem se envolver em questões morais e sociais, Ramaswamy argumenta que cabe aos representantes democraticamente eleitos decidir sobre valores sociais. Sua desistência da corrida deixa um cenário mais claro para o futuro da disputa republicana, enquanto Trump emerge como favorito para liderar o partido nas eleições de 2024.