Parteira de NY é multada em US$ 300 mil por falsificar registros de vacinação de crianças

da redação

Uma parteira de Nova York, Jeanette Breen, foi multada em 300 mil dólares (cerca de R$ 1,4 milhão) após a polícia descobrir que ela teria aplicado tratamentos homeopáticos a aproximadamente 1,5 mil crianças, em vez de imunizantes convencionais destinados ao controle de doenças como hepatite, sarampo e poliomielite.

O Departamento de Saúde norte-americano emitiu um comunicado na quarta-feira, 17, revelando que investigações apontaram que Jeanette Breen teria falsificado cerca de 12,5 mil registros de vacina no Sistema de Informação sobre Imunização de Nova York desde 2019. As pílulas homeopáticas eram administradas por via oral e adquiridas de um fornecedor externo ao estado, sem aprovação do Food and Drug Administration (FDA) ou do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) como agentes imunizantes confiáveis.

A NBC News divulgou que os comprimidos homeopáticos não eram reconhecidos pelas autoridades sanitárias, agravando ainda mais a gravidade do caso. Pais e responsáveis pelas crianças supostamente "procuraram e pagaram Breen" pelo serviço, de acordo com o porta-voz do Departamento de Saúde de Nova York.

O advogado de Jeanette, David Ekew, afirmou que sua cliente já pagou a multa e está disposta a cooperar totalmente com as autoridades. Ele considera o episódio como um capítulo encerrado na vida dela.

O órgão de saúde dos EUA alerta que as crianças "falsamente" imunizadas têm entre 4 e 18 anos, excluindo o COVID-19. Os registros fraudulentos apontavam para supostas imunizações contra tétano, hepatite B, catapora, sarampo, entre outras. O escândalo levanta questões sobre a confiança e responsabilidade na prestação de serviços de saúde, enquanto as autoridades continuam monitorando possíveis repercussões e danos à saúde das crianças envolvidas.