Preços recordes de casas afastam pessoas do mercado imobiliário de NH

Da redação

O preço médio de vendas de casas em New Hampshire atingiu um recorde de meio milhão de dólares em março — levando os pagamentos mensais de hipoteca a mais do que dobrar em relação ao que alguém teria pago por uma casa semelhante apenas três anos atrás.

"Acho que há muitas pessoas com muito dinheiro e muitas pessoas que não têm", disse Greg Powers, corretor da Keller Williams Realty Metropolitan em Bedford.

O preço médio de US$ 500,000 em março foi US$ 135,000 a mais do que em março de 2021. As taxas de juros também mais que dobraram, aumentando os pagamentos mensais de principal e juros para além de US$ 3,100 por mês, em comparação com cerca de $1.500 três anos atrás para aqueles que deram entrada de 5%.

Alguém dando entrada de 20% ainda teria visto seu pagamento mensal dobrar no mês passado, para mais de US$ 2,600. Nenhuma dessas contas inclui impostos sobre propriedade ou seguro residencial.

A Associação de Corretores de Imóveis de New Hampshire disse que o estado teve uma queda de 16% na acessibilidade em relação ao ano anterior.

"O problema continua sendo a escassez de moradias disponíveis que continua tornando a posse de uma casa mais difícil do que nunca para os trabalhadores necessários para ajudar uma economia a prosperar", disse a presidente do grupo, Joanie McIntire.

O índice de acessibilidade do grupo caiu para 59 em março, o que significa que a renda familiar média do estado é apenas 59% do que é necessário para se qualificar para a casa com preço mediano sob as taxas de juros prevalecentes.

Esse é o número mais baixo de março desde que o grupo começou a medir a acessibilidade em 2005. O índice de acessibilidade estava acima de 150 até março de 2017 e chegou a 200 em 2013.

Os preços médios de vendas de março aumentaram em porcentagens de dois dígitos em oito dos 10 condados do estado nos últimos 12 meses.

Quatro condados estabeleceram recordes de preços — incluindo o Condado de Hillsborough, onde fica Manchester e Nashua.

O preço médio subiu 17,1% em março para US$ 531,000, ou US$ 77,500 a mais do que há um ano.

"Algumas dessas variações podem ser porque, eu acho, há mais construção acontecendo", com casas recém-construídas frequentemente custando mais, disse Powers.

O preço médio de Manchester de US$ 400,000 no mês passado subiu apenas US$ 1,500 em relação ao ano anterior. No entanto, o preço de Nashua saltou para quase US$ 509,000, quase US$ 70,000 a mais do que 12 meses antes.

Ao longo da costa, as 37 vendas de casas unifamiliares em março atingiram uma mínima recorde para o mês, assim como as vendas pendentes, de acordo com a Associação de Corretores de Imóveis da Costa.

"Nosso mercado continua a ser limitado pela falta de inventário de casas unifamiliares e taxas de juros hipotecárias persistentemente altas", disse a presidente da associação, Lynn Lagasse.

"O interesse no mercado imobiliário da costa continua tão forte quanto sempre e cenários de múltiplas ofertas são abundantes", disse ela.

McIntire disse que a falta de inventário de moradias continua sendo o principal impulsionador para o aumento dos preços. Ela disse que o alívio precisa vir dos formuladores de políticas, tanto no nível local quanto estadual.

"A melhor maneira de sair da nossa atual escassez de moradias é abraçar zonas menos restritivas e capacitar proprietários de imóveis privados removendo burocracia desnecessária", disse ela.