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Publicado em 26/06/2024 as 8:00pm

Caso de tráfico humano envolvendo proprietário de rede de pizzarias contou com apoio da Clínica de Direito da Boston University

Neste mês, um júri condenou Stavros Papantoniadis, proprietário da cadeia de pizzarias...


Neste mês, um júri condenou Stavros Papantoniadis, proprietário da cadeia de pizzarias Stash's em Boston, por violência e ameaças contra funcionários indocumentados, coagindo-os a longas jornadas por salários mínimos. O Programa de Direitos dos Imigrantes e Tráfico Humano da Boston University representou alguns dos trabalhadores, incluindo um que testemunhou contra ele.

"Espero que o caso Stash's seja um marco significativo", afirmou Julie Dahlstrom, diretora do programa fundado há 12 anos na Faculdade de Direito. "Isso mostra aos sobreviventes que há interesse em levar esses casos adiante." Dahlstrom destacou que nem sempre foi claro para as vítimas de tráfico que havia apoio para seus casos, ressaltando a importância do trabalho do programa.

O programa, liderado por Dahlstrom, outro advogado financiado pelo AmeriCorps, e oito estudantes da Faculdade de Direito da BU, atua na representação de vítimas de tráfico de trabalho e sexual, além de defender políticas contra injustiças sistêmicas. Em Massachusetts, onde o Escritório do Procurador dos EUA é um dos mais ativos na nação em processar traficantes, o trabalho do programa tem sido essencial.

Além da representação legal, o programa desenvolveu um aplicativo em colaboração com o estado e o BU Spark!, auxiliando investigadores a interrogar vítimas suspeitas, fornecendo informações sobre leis relevantes e recursos para sobreviventes. Dahlstrom observou uma mudança significativa na abordagem dos crimes de tráfico em Massachusetts nos últimos 10 anos, impulsionada por líderes em escritórios como o Procurador dos EUA, o Procurador-Geral de Massachusetts e o governador atual.

"Apesar dos avanços, ainda estamos atrás em alguns aspectos", admitiu Dahlstrom. O caso Stash's destaca a complexidade em processar casos de tráfico de trabalho, sendo uma das poucas acusações que progrediram no estado.

Quanto ao número de pessoas traficadas em Massachusetts, Dahlstrom indicou que é difícil quantificar devido à subnotificação, mas houve aumento nas denúncias com o estabelecimento de unidades especializadas pela ex-Procuradora dos EUA Rachael Rollins e pela Procuradoria-Geral.

O programa enfrenta uma crescente demanda, com uma média de 40 a 60 casos em sua agenda, recebendo mais casos de tráfico de trabalho de organizações comunitárias e casos de tráfico sexual das autoridades.

Dahlstrom enfatizou a necessidade de Massachusetts e outros estados intensificarem esforços contra o tráfico, expandindo legislações de apoio às vítimas e aumentando recursos para habitação, suporte legal e outros serviços indiretos.

Sobre as causas do tráfico, Dahlstrom apontou desafios como o acesso limitado ao sistema de imigração para não-cidadãos e suporte insuficiente para jovens que saem do sistema de assistência social.

Quanto ao futuro do programa, Dahlstrom espera expandir o aplicativo desenvolvido para outros estados e países, aumentando a conscientização e ampliando o suporte às vítimas de tráfico de trabalho.

Fonte: Da Redação

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