Publicado em 16/07/2024 as 8:00am
EUA tiveram pelo menos 16 atentados diretos contra presidentes ou candidatos desde o século 19
Desde 1835, os Estados Unidos têm testemunhado uma série de atentados que marcaram...
Desde 1835, os Estados Unidos têm testemunhado uma série de atentados que marcaram profundamente a história política e social do país. De acordo com um relatório de 2008 do Serviço de Pesquisa do Congresso americano, pelo menos 16 atentados diretos foram registrados contra presidentes, presidentes eleitos e candidatos à presidência. Esses incidentes não apenas abalaram o país, mas também redefiniram questões de segurança e polarização na sociedade americana.
Abraham Lincoln - Em 14 de abril de 1865, o 16º presidente dos Estados Unidos foi assassinado por John Wilkes Booth enquanto assistia a uma peça no teatro Ford, em Washington. Lincoln, conhecido por sua liderança durante a Guerra Civil e pela emancipação dos escravos, tornou-se o primeiro presidente a ser morto na história americana.
James Garfield - Em 2 de setembro de 1881, James Garfield, o 20º presidente, foi baleado na Estação Ferroviária de Baltimore e Potomac, em Washington. Garfield morreu meses depois, devido a complicações dos ferimentos causados pelo advogado e escritor Charles Guiteau, que alegou discordâncias políticas internas no Partido Republicano como motivação.
William McKinley - No dia 6 de setembro de 1901, durante a Exposição Pan-Americana em Buffalo, Nova York, William McKinley, o 25º presidente, foi alvo de Leon F. Czolgosz, um anarquista que alegou motivações ideológicas e de classe. McKinley faleceu devido aos ferimentos, deixando Theodore Roosevelt para assumir a presidência.
John F. Kennedy - O assassinato de John F. Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas, é um dos eventos mais conhecidos da história americana moderna. Kennedy foi baleado enquanto participava de uma carreata, e o ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi acusado do crime, embora muitas teorias de conspiração tenham persistido.
Robert F. Kennedy - O irmão de JFK, Robert F. Kennedy, senador e candidato à presidência, foi assassinado em 5 de junho de 1968, em Los Angeles, Califórnia, após uma vitória nas primárias democratas. Sirhan Sirhan, um palestino de origem jordaniana, foi condenado pelo crime, que ocorreu na cozinha do Hotel Ambassador.
Além desses atentados fatais, outros presidentes e candidatos enfrentaram ameaças e tentativas de assassinato que não resultaram em morte:
Andrew Jackson - Em 30 de janeiro de 1835, Andrew Jackson, o 7º presidente eleito, escapou ileso de um atentado quando Richard Lawrence tentou atirar nele, mas a arma falhou. Lawrence alegou que Jackson estava prejudicando seus negócios e arruinando o país.
Theodore Roosevelt - Em 14 de outubro de 1912, Theodore Roosevelt, ex-presidente e candidato à presidência, foi atingido por um tiro em Milwaukee, Wisconsin. Apesar de ferido, Roosevelt sobreviveu e continuou sua campanha política.
Franklin D. Roosevelt - Em 15 de fevereiro de 1933, Franklin D. Roosevelt, presidente eleito, escapou de um atentado em Miami, Florida, que acabou por custar a vida do prefeito de Chicago, Anton Cermak. O atirador, Giuseppe Zangara, alegou aversão a governantes e capitalistas.
Harry S. Truman - Em 11 de janeiro de 1950, Harry S. Truman, o 33º presidente, enfrentou um atentado contra a Blair House, onde estava hospedado temporariamente. Um policial foi morto e outros ficaram feridos no incidente envolvendo Oscar Collazo.
George C. Wallace - Em 15 de maio de 1972, George C. Wallace, governador do Alabama e candidato à presidência, foi ferido em um atentado em Laurel, Maryland. Arthur Bremer foi condenado pelo crime, embora suas motivações nunca tenham sido claramente estabelecidas.
Gerald R. Ford - Em dois incidentes separados em 1975, o presidente Gerald R. Ford escapou ileso de tentativas de assassinato em Sacramento e São Francisco, Califórnia. Lynette Fromme e Sara Jane Moore foram as responsáveis pelos ataques, ambos ligados a movimentos radicais da época.
Ronald Reagan - Em 30 de março de 1981, o presidente Ronald Reagan foi ferido por um disparo em Washington, D.C., por John W. Hinckley Jr., que foi considerado inocente por motivo de insanidade.
Bill Clinton - Em 29 de outubro de 1994, um rifle semiautomático foi disparado contra a Casa Branca, enquanto Bill Clinton era presidente. O atirador, Francisco M. Duran, foi condenado por tentativa de homicídio.
George W. Bush - Em 10 de maio de 2005, durante uma visita a Tbilisi, na Geórgia, uma granada foi lançada em direção ao presidente George W. Bush, que não explodiu. O agressor foi condenado por tentativa de homicídio.
Esses atentados e tentativas refletem não apenas a vulnerabilidade dos líderes americanos, mas também as tensões e divisões profundas dentro da sociedade e da política dos Estados Unidos ao longo dos anos. Cada incidente deixou marcas indeléveis na história do país, moldando a forma como a segurança presidencial é abordada e aprofundando o debate sobre os riscos enfrentados por aqueles que ocupam o cargo mais alto da nação.