Homem armado é detido nas proximidades do comício de Trump em Coachella, e o xerife afirma que pode ter sido a terceira tentativa de assassinato

Policiais locais prenderam um homem armado nos arredores do comício de Donald Trump no Vale de Coachella no sábado, e o xerife da região afirmou que isso pode ter sido uma terceira tentativa de assassinato contra o ex-presidente.

O suspeito, identificado como Vem Miller, de 49 anos e morador de Las Vegas, foi parado em um ponto de controle a aproximadamente 400 metros do evento. Ele estava com passes falsos de VIP e de imprensa, além de portar armas não registradas, como uma espingarda carregada, uma pistola e um carregador de alta capacidade, de acordo com informações do escritório do xerife do Condado de Riverside.

Miller não possuía uma identificação válida no momento em que foi abordado e acabou detido após a polícia revistar seu veículo e encontrar as armas, segundo fontes policiais informaram ao The Post.

"Provavelmente evitamos mais uma tentativa de assassinato", declarou o xerife Chad Bianco, conforme relatado pelo Riverside Press-Enterprise.

No entanto, fontes da polícia disseram ao The Post que o FBI não acredita que se tratasse de uma tentativa de assassinato, e que a vida do ex-presidente nunca esteve em risco.

Miller, registrado como republicano e supostamente ligado à extrema direita, foi autuado por posse de uma arma de fogo carregada e de um carregador de alta capacidade, sendo liberado após pagar uma fiança de $5.000, conforme mostram os registros policiais.

Fontes afirmaram que ele possui um histórico de pequenos conflitos com a lei e é suspeito de ser membro do movimento dos “cidadãos soberanos” – um grupo de extrema direita que defende teorias da conspiração e acredita que o governo não tem autoridade sobre eles.

O FBI classifica o grupo como “extremistas antigovernamentais”, que afirmam residir fisicamente no país, mas consideram-se "separados" ou "soberanos" dos Estados Unidos.

Além de evitarem pagar impostos e desrespeitarem o sistema judicial, o FBI observou que os cidadãos soberanos têm uma postura especialmente resistente a paradas de trânsito – tanto que um membro armado de 25 anos foi morto a tiros em 2023, em Utah, após se recusar a obedecer a uma abordagem policial.

Segundo o jornal, Miller tem um mestrado pela UCLA e, em 2022, concorreu à Assembleia Estadual de Nevada.

Ele também é proprietário de uma empresa de CBD na Califórnia e frequentemente divulga teorias da conspiração e uma retórica agressivamente misógina em suas redes sociais.

Esses relatos sobre tentativas de assassinato surgem após um verão tenso, no qual dois homens armados foram detidos a tempo enquanto tentavam matar o ex-presidente.

Em julho, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, abriu fogo contra Trump durante um comício em Butler, na Pensilvânia.

Trump foi atingido de raspão na orelha por uma bala que quase o matou, resultando na morte de um espectador e deixando mais duas pessoas feridas. Crooks foi abatido por atiradores do Serviço Secreto logo após efetuar os disparos.

Pouco mais de dois meses depois, outro homem armado foi flagrado com um rifle de assalto escondido nos arbustos do clube de golfe de Trump em West Palm Beach, enquanto o ex-presidente estava a cerca de 300 metros jogando golfe no buraco ao lado.

O suspeito, Ryan Routh, foi descoberto por um agente do Serviço Secreto que patrulhava o campo e viu o cano de sua arma saindo dos arbustos. Os agentes dispararam, mas o atirador conseguiu escapar, sendo capturado posteriormente enquanto fugia pela rodovia.

De acordo com promotores federais, Routh teria ficado escondido nos arbustos por cerca de 12 horas, esperando a oportunidade de atacar Trump.