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Publicado em 2/12/2024 as 4:00pm

O presidente Biden concede perdão ao filho Hunter Biden, apesar de ter prometido não fazê-lo

Fonte: Da redação


Joe Biden concedeu perdão ao filho Hunter após sua condenação por acusações federais relacionadas à posse de armas, mesmo tendo declarado anteriormente que não faria isso.

O anúncio foi feito na noite de domingo, com o presidente alegando que Hunter foi "processado de forma seletiva e injusta" pelo Departamento de Justiça. Em uma declaração detalhada, Biden disse esperar que o público compreenda sua decisão como pai.

O perdão foi concedido menos de duas semanas antes da sentença de Hunter, marcada para 12 de dezembro, referente à sua condenação em junho por posse ilegal de armas. Além disso, ele enfrentaria outra sentença em 16 de dezembro, após ter se declarado culpado em setembro por sonegação fiscal.

"Hoje, assinei o perdão para meu filho Hunter", afirmou Biden. "Desde o início do meu mandato, prometi não interferir nas decisões do Departamento de Justiça, e mantive minha palavra, mesmo assistindo meu filho ser processado de forma injusta e seletiva.

"Sem fatores agravantes como uso em crimes, compras múltiplas ou aquisição como intermediário, quase nunca se leva alguém a julgamento apenas por erros em formulários de armas. Aqueles que atrasam impostos devido a vícios graves, mas regularizam a situação com juros e multas, normalmente não enfrentam processos criminais. É evidente que Hunter foi tratado de maneira desigual."

Em declaração separada, Hunter Biden agradeceu pelo perdão e prometeu dedicar sua vida reconstruída a ajudar outras pessoas que ainda enfrentam dificuldades. "Assumi a responsabilidade por meus erros nos dias mais sombrios do meu vício – erros que foram explorados para me humilhar e envergonhar minha família por razões políticas", afirmou. Ele também ressaltou que está sóbrio há mais de cinco anos, graças à fé e ao apoio incondicional de seus entes queridos.

Essa decisão marca uma reviravolta completa na posição pública de Biden, que há seis meses declarou que não perdoaria o filho caso fosse condenado. Em junho, durante uma entrevista à ABC News, Biden afirmou que respeitaria o resultado do julgamento de Hunter e descartou qualquer possibilidade de perdão. Mesmo em novembro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reafirmou que não haveria clemência.

No entanto, Biden explicou que as acusações contra Hunter foram motivadas politicamente por adversários no Congresso e que um acordo de confissão negociado foi desfeito no tribunal. Ele argumentou que, se o acordo tivesse sido aceito, seria uma solução justa para os casos de Hunter. "É impossível não concluir que Hunter foi alvo apenas por ser meu filho – e isso é errado", declarou.

O presidente enfatizou que Hunter, apesar dos ataques e da perseguição, está sóbrio há mais de cinco anos e que essa tentativa de destruir seu filho foi, na verdade, uma tentativa de prejudicá-lo também. "Basta", disse ele. Biden afirmou que sua decisão foi tomada com base no princípio de sempre dizer a verdade ao povo americano e que a política contaminou o processo, levando a uma injustiça.

"Espero que os americanos compreendam por que um pai e um presidente tomariam essa decisão", concluiu.

Esse perdão encerra uma longa batalha legal para Hunter Biden, que revelou estar sob investigação federal em dezembro de 2020, pouco depois da vitória de seu pai na eleição presidencial.

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