Homem de Natick (MA) e iraniano são acusados de envolvimento em ataque mortal com drones

Da redação

Autoridades federais dos Estados Unidos anunciaram na segunda-feira (16) acusações contra dois homens por violar leis de exportação americanas ao fornecer materiais ao Irã que foram usados em um ataque com drones que matou militares norte-americanos na Jordânia no início deste ano.

Mahdi Mohammad Sadeghi, um cidadão naturalizado dos EUA residente em Natick, Massachusetts, e Mohammad Abedininajafabadi, um cidadão iraniano preso em Milão, Itália, foram formalmente acusados. Segundo o procurador federal Joshua Levy, os dois conspiraram desde 2016 para transferir tecnologias sensíveis dos EUA ao Irã.

Abedininajafabadi, CEO de uma empresa baseada em Teerã com vínculos com o governo iraniano e o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC), enfrentará também acusações de apoio material a uma organização terrorista.

As investigações apontam que a empresa iraniana produziu o sistema de navegação usado no drone que realizou o ataque em janeiro de 2024 no posto militar Tower 22, no nordeste da Jordânia. O ataque matou três soldados americanos e feriu outros 47, sendo atribuído a milícias apoiadas pelo Irã.

Conexão com uma empresa de Massachusetts

Sadeghi é empregado da Analog Devices Inc. (ADI), uma empresa de semicondutores com sede em Wilmington, Massachusetts. Segundo um perfil no LinkedIn, ele possui doutorado em engenharia elétrica pela Universidade de Michigan e trabalha no desenvolvimento de sistemas eletrônicos avançados. A ADI, em comunicado, afirmou cooperar integralmente com as autoridades e reforçou seu compromisso com a segurança nacional.

Consequências do ataque com drones

O ataque atingiu um alojamento militar, matando os sargentos William Jerome Rivers, Breonna Moffett e Kennedy Sanders, todos do estado da Geórgia. O local abrigava 350 militares e é considerado estratégico, situado entre Jordânia, Síria e Iraque.

Em resposta, os EUA realizaram contra-ataques massivos contra instalações do IRGC no Iraque e na Síria e fortaleceram as defesas no Tower 22, intensificando medidas contra ameaças iranianas na região.

As autoridades agora buscam extraditar Abedininajafabadi da Itália para enfrentar julgamento nos Estados Unidos.