Número de mortos em acidente na BR-116, em Minas Gerais, sobe para 41

Da redação

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que o número de mortos no trágico acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, subiu para 41 vítimas fatais. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, onde 12 já foram identificados.

O acidente envolveu um ônibus da empresa Emtram, uma carreta que transportava um bloco de granito e um veículo de passeio. A principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de que o bloco de granito tenha se desprendido da carreta em um trecho de declive e curva, atingindo o ônibus que seguia no sentido oposto.

Segundo o delegado Saulo Castro, uma análise preliminar revelou que a carreta transportava excesso de carga, conforme apontado em sua nota fiscal, o que pode indicar responsabilidade do motorista.

O ônibus transportava passageiros de São Paulo com destino à Bahia, enquanto a carreta se deslocava do Ceará para o Espírito Santo.

Entre as 49 pessoas envolvidas no acidente, 41 estavam no ônibus e morreram, sendo a maioria carbonizada. Outros seis passageiros sobreviveram, incluindo três ocupantes do veículo de passeio e o motorista da carreta.

De acordo com o perito criminal Felipe Dapieve, a maior parte dos corpos está em estado avançado de carbonização, o que exige coleta de material genético e análise documental para identificação. Estruturas de apoio serão montadas para receber as famílias e auxiliar no processo.

A perícia vai analisar imagens de câmeras próximas ao local do acidente, além de realizar nova inspeção nos veículos envolvidos. O motorista da carreta, que fugiu do local, teve a carteira cassada por se recusar a fazer o teste do bafômetro em 2022 e é considerado foragido pela Justiça.

A Polícia Civil e a empresa de ônibus Emtram divulgaram a lista de vítimas fatais e sobreviventes. Além disso, dois corpos já foram liberados para as famílias. “Estamos mobilizados para concluir os exames periciais o mais rápido possível, respeitando os critérios técnicos”, destacou Dapieve.

O caso segue sendo investigado, enquanto familiares aguardam respostas sobre a tragédia que chocou o estado.