Acusado de empurrar passageiro no metrô de NY é indiciado por tentativa de homicídio

O homem acusado de empurrar um passageiro do metrô de Nova York nos trilhos de forma aleatória na tarde de terça-feira foi indiciado por tentativa de homicídio, informou a polícia.

Kamel Hawkins, de 23 anos, também enfrentará a acusação de agressão em segundo grau após, supostamente, empurrar um desconhecido nos trilhos da estação da Rua 18, pouco depois das 13h30, conforme relatado pelas autoridades.

O assustador incidente foi registrado em um vídeo impactante obtido pelo The Post, que mostra o agressor, com capuz, caminhando próximo à borda da plataforma. Enquanto isso, a vítima, aparentemente distraída olhando para o celular, estava perto do local quando o trem se aproximava da estação.

Sem qualquer aviso, o suspeito empurrou a vítima nos trilhos, levando-a a desaparecer debaixo do trem.

A vítima, um homem de 45 anos cuja identidade não foi revelada, foi atingida por um trem da linha 1 que chegava à estação, mas sobreviveu milagrosamente ao ataque com apenas um ferimento na cabeça, informou a polícia.

“Ele está vivo! Ele está vivo!”, gritou aliviado um dos presentes enquanto os bombeiros retiravam o homem ferido de entre os vagões, conforme mostram as imagens.

Hawkins, já conhecido pela polícia por incidentes anteriores, foi detido horas depois nas proximidades do Columbus Circle, afirmaram os oficiais.

O suspeito já havia sido acusado de agressão em 2019, após derrubar um policial no chão na Flushing Avenue. O agente, que tentava abordar Hawkins por comportamento desordeiro, sofreu uma lesão nas costas, segundo fontes.

“Quem ataca um policial uniformizado tem capacidade para fazer coisas ainda piores contra civis desprotegidos”, declarou Patrick Hendry, presidente da Police Benevolent Association, ao The Post.

“Cada vez que o sistema de justiça deixa passar um caso de agressão contra policiais, coloca em risco todos os nova-iorquinos”, acrescentou Hendry.

Além disso, Hawkins responde por outro caso no Brooklyn envolvendo acusações de agressão, assédio e posse ilegal de armas, em um episódio ocorrido em 12 de outubro.

Fontes afirmam que, em 2020, ele foi liberado sem fiança em um caso anterior, mesmo com os promotores solicitando sua detenção. No entanto, os detalhes das acusações nesse caso permanecem incertos.

O episódio de terça-feira se soma a uma sequência preocupante de ataques no transporte público de Nova York, que inclui dois esfaqueamentos no domingo e o trágico caso de um passageiro que morreu queimado em um trem F no Brooklyn, em 22 de dezembro.

Diante do aumento da violência no sistema de metrô, a governadora Kathy Hochul determinou o envio de mais de 1.000 membros da Guarda Nacional para patrulhar as estações durante o período de festas e além.

O agravamento da violência também levou os Guardian Angels a retomarem as patrulhas nos metrôs, algo que não ocorria desde 2020.

Criado em 1979 pelo ex-candidato a prefeito Curtis Sliwa, o grupo começou as rondas no domingo e anunciou que equipes de três membros estarão monitorando as linhas mais problemáticas do metrô de forma contínua.