Juíza determina que mãe de North Miami Beach, responsável pela morte da filha, use medicamentos na prisão

Uma juíza do condado de Miami-Dade determinou que Jellisa Baxter, uma mãe de North Miami Beach que confessou ter matado sua filha de 3 anos, estrangulando e depois esfaqueando-a, tome medicamentos psiquiátricos enquanto estiver detida na prisão local.

Baxter, de 26 anos, foi acusada de homicídio em primeiro grau e poderia enfrentar a pena de morte como punição.

No entanto, no ano passado, ela foi considerada incapaz de ser julgada. Os médicos diagnosticaram-na com esquizofrenia e afirmaram que ela tinha delírios, acreditando que sua filha ainda estava viva.

"A Sra. Baxter poderia permanecer indefinidamente incompetente sob custódia do Departamento de Correções e Reabilitação de Miami-Dade (MDCR)", afirmou a juíza Andrea Wolfson na terça-feira.

Para lidar com sua incapacidade, os médicos sugeriram que Baxter tomasse medicamentos como Risperdal, utilizado no tratamento da esquizofrenia e outros transtornos mentais.

Baxter, no entanto, negou ter tomado qualquer medicamento na prisão.

Apesar disso, a juíza Wolfson decidiu, na terça-feira, que ela será medicada involuntariamente, argumentando que a medida "não é apenas adequada na prática, mas também legalmente necessária."

A juíza destacou que há interesses governamentais significativos envolvidos, especialmente por se tratar de um caso de homicídio com possibilidade de pena de morte.

Idealmente, os promotores gostariam que Baxter fosse julgada pela confissão do assassinato de sua filha.

Manuel Alvarez, um dos advogados de defesa de Baxter, contestou a decisão da juíza.

"Não há provas suficientes de que os medicamentos recomendados irão restaurar sua competência para reduzir os delírios, e minha cliente também não deseja ser medicada", afirmou Alvarez.

Os médicos acreditam que, ao ser forçada a tomar os medicamentos, Baxter poderá ter mudanças no comportamento e no raciocínio ao longo do tempo.