Donald Trump é condenado em NY por falsificação de documentos sobre pagamento a atriz pornô.

Donald Trump se tornou, nesta sexta-feira, 10, o primeiro presidente dos Estados Unidos a ser sentenciado criminalmente. Ele foi condenado por falsificar registros com o objetivo de encobrir um escândalo sexual envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels, que poderia ter prejudicado sua campanha presidencial de 2016. O júri concluiu que Trump reembolsou seu intermediário, Michael D. Cohen, pelo pagamento de suborno e posteriormente ordenou a falsificação de documentos para manter o segredo.

Embora o republicano pudesse ser sentenciado a até quatro anos de prisão, sua vitória nas eleições o isenta de prisão ou outras punições. O juiz Juan M. Merchan optou por uma sentença alternativa chamada "descarte incondicional", que é rara e mais branda que a prisão ou liberdade condicional. Merchan destacou que um cidadão comum não teria as mesmas proteções presidenciais, esclarecendo que apenas o cargo de presidente impede uma punição mais severa.

Trump participou da audiência de forma virtual, em sua propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida, acompanhado de um advogado. Durante a sessão, ele reafirmou sua inocência e afirmou que o resultado das eleições demonstra que os eleitores o apoiam. Seu advogado, Todd Blanche, contestou a legitimidade do caso, alegando que se tratava de uma interferência eleitoral.

O promotor Joshua Steinglass criticou Trump por não demonstrar remorso por sua conduta criminosa e por desrespeitar as instituições e o Estado de Direito.

Os advogados de Trump tentaram suspender o processo no Tribunal Estadual de Nova York, mas todos os pedidos foram negados. Em seguida, recorreram à Suprema Corte, que também rejeitou a solicitação.