Publicado em 23/01/2025 as 11:00am
Trump concede perdão a policiais condenados por morte de homem negro em perseguição
Fonte: Da redação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdão a dois policiais de Washington, condenados pelo assassinato de Karon Hylton-Brown, um homem negro de 20 anos. O caso ocorreu durante uma perseguição policial não autorizada em 23 de outubro de 2020, no noroeste de Washington D.C.
Os policiais Terence Sutton Jr. e Andrew Zabavsky foram sentenciados em setembro de 2024 a 66 e 48 meses de prisão, respectivamente. Ambos aguardavam os resultados de suas apelações em liberdade. A Casa Branca confirmou o perdão presidencial na última quarta-feira (22).
Segundo o Departamento de Justiça, Sutton foi considerado culpado por assassinato em segundo grau, conspiração para obstruir e obstrução da justiça, após um julgamento que durou nove semanas em 2022. O júri concluiu que ele dirigiu a viatura policial em "desrespeito consciente" ao risco extremo que levou à morte de Hylton-Brown.
Já Zabavsky foi condenado por conspiração para obstrução e obstrução da justiça. Ambos foram acusados de conspirar para ocultar das autoridades os detalhes do acidente que resultou na morte de Hylton-Brown.
O Departamento de Polícia Metropolitana informou que os policiais estavam sob "suspensão indefinida sem remuneração", enquanto aguardavam o fim dos procedimentos administrativos.
O incidente ocorreu poucos meses após o assassinato de George Floyd, cujo caso gerou protestos em todo o mundo contra a brutalidade policial e a desigualdade racial nos Estados Unidos. A morte de Floyd, um homem negro, após ser sufocado por um policial em Mineápolis, intensificou os debates sobre reformas nas forças de segurança.
O perdão concedido por Trump ocorre em um contexto de polêmicas decisões presidenciais relacionadas à justiça e à polícia. Desde que reassumiu o cargo, ele já perdoou cerca de 1.500 apoiadores envolvidos nos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, incluindo pessoas que agrediram policiais.
Organizações de direitos civis criticaram a decisão de Trump, apontando para o impacto negativo que ela pode ter na confiança pública no sistema de justiça. Por outro lado, o Sindicato da Polícia de DC havia solicitado o perdão dos dois oficiais, argumentando que eles mereciam uma segunda chance.