Comunidades minoritárias de Nova York apoiam operações do ICE contra criminosos violentos

As recentes operações do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) em Nova York foram recebidas com apoio por moradores de comunidades hispânicas e negras, especialmente no Bronx, Queens e Staten Island. As ações tiveram como alvo imigrantes com mandados de prisão por crimes graves, incluindo homicídio e sequestro.

No Bronx, onde o apoio ao ex-presidente Donald Trump cresceu 35% entre 2020 e 2024, agentes fortemente armados realizaram incursões para prender criminosos procurados. Entre os detidos estava Anderson Zambrano-Pacheco, 25 anos, apontado como um dos líderes da gangue venezuelana Tren de Aragua. “Graças a Deus pegaram ele”, afirmou um morador aliviado.

Evelyn Brown, de 80 anos, residente do Bronx e eleitora de Trump, comemorou a ação: “Tirem esses bandidos das ruas! Assim, as pessoas não precisam viver com medo”. Outros moradores manifestaram opiniões semelhantes, destacando que a presença de criminosos tem causado preocupação nas comunidades.

Em Queens, onde Trump teve um aumento de 10,5% na votação em 2024, a satisfação com as operações também foi evidente. Jason Rodriguez, de 41 anos, nascido no Brooklyn e filho de imigrantes dominicanos, destacou a importância de deportar criminosos, mas ressaltou o impacto negativo das operações para imigrantes trabalhadores. “Muita gente aqui trabalha 14 ou 16 horas por dia para sustentar suas famílias. Eles estão fazendo a coisa certa e contribuindo para a sociedade, ao contrário dos criminosos”, disse.

O engenheiro elétrico Damso Vargas, de 52 anos, morador de Elmhurst, destacou a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a imigração. “Se você vem para este país, precisa mostrar respeito e trabalhar duro. Não pode se envolver com gangues”, afirmou. Para ele, algumas regiões da cidade se tornaram mais perigosas devido ao influxo de criminosos entre os migrantes.

Dolphin Chung, comerciante peruano em Jackson Heights, defendeu a deportação de criminosos estrangeiros, mas ressaltou a necessidade de proteção para migrantes trabalhadores. “Muitos aqui não têm documentos, mas trabalham das 6h às 20h, sete dias por semana”, disse.

Em Staten Island, Kevin Morales, 43 anos, destacou a diferença entre imigrantes que buscam uma vida melhor e aqueles envolvidos em crimes. “Minha família veio para trabalhar e dar um futuro aos nossos filhos. Mas tem gente aqui que não quer isso, e sim roubar, atirar e violentar. Esses nós não queremos”, afirmou.

As operações do ICE continuam gerando debates sobre imigração e segurança pública. Enquanto alguns celebram a retirada de criminosos, outros temem que trabalhadores indocumentados possam ser afetados por deportações em massa. A discussão sobre a política migratória nos EUA segue intensa, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando.