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Publicado em 9/02/2025 as 12:00pm

Governo Trump processa Illinois e a cidade de Chicago para derrubar proteção a imigrantes

Da redação O governo de Donald Trump iniciou um processo contra o estado de Illinois e a...

Da redação

O governo de Donald Trump iniciou um processo contra o estado de Illinois e a cidade de Chicago, visando desmantelar as políticas locais de proteção a imigrantes, que, segundo a administração republicana, estariam bloqueando a implementação de suas operações anti-imigração. A ação foi apresentada na quinta-feira (6) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em um tribunal do estado de Illinois.

O processo alega que diversas leis e regulamentações de Illinois e Chicago são contrárias à aplicação da legislação federal de imigração. Entre as principais medidas contestadas estão as que proíbem autoridades locais de colaborar com operações de imigração, além de uma política de Chicago que impede a polícia de realizar prisões com base no status migratório das pessoas e limita o compartilhamento de informações sobre imigrantes com as autoridades federais.

O governo Trump afirma que, apesar das declarações de autoridades locais, como o governador de Illinois, JB Pritzker, e o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, que dizem compartilhar o interesse em aplicar as leis de imigração, as leis do estado de Illinois estão em desacordo com esses objetivos, dificultando o trabalho federal no combate à imigração ilegal.

A cidade de Chicago, tradicionalmente considerada um "santuário" para imigrantes, tem sido alvo frequente da administração de Trump, que vem adotando uma postura radicalmente contrária à imigração. Desde 2022, Chicago tem recebido dezenas de milhares de imigrantes que chegaram à fronteira sul dos Estados Unidos, muitos dos quais foram enviados para lá como parte de uma estratégia política do governo do Texas, liderado por republicanos, para forçar estados democratas a lidarem com o crescente número de migrantes.

Essa disputa se insere no contexto das políticas de imigração de Trump, que durante seu mandato como presidente, adotou uma plataforma agressiva, prometendo deportar milhões de imigrantes, muitos dos quais foram rotulados como criminosos. Sua administração implementou medidas como o aumento do contingente militar na fronteira, a limitação do sistema de asilo e refúgio e até tentativas de alterar a cidadania por nascimento, um direito garantido pela 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Em uma recente vitória para os opositores de Trump, um juiz federal de Seattle emitiu uma decisão que bloqueou a implementação de um decreto que buscava redefinir a cidadania. O juiz John Coughenour criticou a tentativa de Trump de usar o sistema jurídico como uma ferramenta para objetivos políticos, afirmando que a Constituição dos Estados Unidos deve ser respeitada e que qualquer mudança nas regras de cidadania precisaria ser feita por meio de uma emenda constitucional.

Essa decisão foi reforçada por uma medida similar de uma juíza federal em Maryland, que também suspendeu o decreto de Trump. Essas ações judiciais refletem a resistência das autoridades democratas e a interpretação de que a Constituição deve ser protegida contra tentativas de alterações unilaterais por parte do governo federal.

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