Mãe é presa por abandonar filhos em casa degradada por três anos em Michigan

Da redação

Três crianças foram resgatadas de uma situação de extrema negligência após passarem três anos vivendo sozinhas em uma casa abandonada em Pontiac, no estado de Michigan, nos Estados Unidos. A mãe das crianças, de 34 anos, foi presa sob acusação de negligência infantil. As crianças, um garoto de 15 anos e duas meninas, de 13 e 12 anos, sobreviviam com entregas semanais de refeições preparadas e não frequentavam a escola desde que foram deixadas para trás, em 2020 ou 2021, segundo informações do Detroit Free Press.

A descoberta das crianças aconteceu após o proprietário da casa, que não tinha notícias da mãe desde dezembro de 2022, entrar em contato com a polícia. O aluguel havia sido pago pela última vez em outubro daquele ano, e o proprietário estava preocupado com o bem-estar da família. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a residência em "condições deploráveis". Lixo estava acumulado em vários cômodos, mofo se espalhava por diferentes áreas da casa, e dejetos humanos foram encontrados pela casa, incluindo na banheira. O banheiro estava com o vaso sanitário transbordando. As autoridades descreveram o estado da casa como de "miséria absoluta".

O menino, mais velho das crianças, relatou aos policiais que ele e suas irmãs estavam sozinhos desde que a mãe os abandonou. A situação gerou grande comoção na comunidade, com vizinhos lamentando a falta de apoio a crianças tão vulneráveis. Uma moradora do bairro, que conhecia o avô das crianças, comentou que "elas não conseguem se defender sozinhas" e que é triste ninguém ter notado o sofrimento das crianças.

As crianças foram colocadas sob a custódia de um parente, enquanto doações estão sendo organizadas para ajudá-las. A Promotoria Pública do Condado de Oakland deve formalizar a acusação contra a mãe nos próximos dias. O caso tem gerado indignação e preocupa as autoridades sobre a falta de intervenção durante esses três anos em que as crianças viveram em isolamento.

Este triste episódio levanta questões sobre a falta de fiscalização e a responsabilidade das comunidades em proteger crianças em situação de vulnerabilidade.