Desaparecimento de estudante americana na República Dominicana reacende teoria de afogamento

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A praia onde a estudante da Universidade de Pittsburgh, Sudiksha Konanki, desapareceu durante as férias de primavera na semana passada é o mesmo local onde quatro turistas europeus se afogaram em janeiro. A área, conhecida por suas ondas fortes e correntes imprevisíveis, está novamente no centro das atenções após o desaparecimento da jovem de 21 anos.

Luis Vilchez, um advogado dominicano que não está envolvido no caso, alertou sobre os perigos da região. "Todas as praias localizadas na área de Macao, onde esta está situada, e em Uvero Alto, são praias em Punta Cana onde é preciso ter cuidado, porque quando as ondas estão fortes, elas podem arrastar você para o mar", disse ele ao Fox News Digital.

Em janeiro, várias pessoas se afogaram na mesma praia onde Konanki foi vista pela última vez, atrás do resort Riu Republica, em Punta Cana. Três turistas europeus, dois da Polônia e um de Portugal, foram recuperados na época. No dia seguinte, os restos mortais de um terço polonês foram encontrados na praia, segundo o jornal local Bavaro Digital.

Vilchez destacou que bandeiras vermelhas de alerta estavam hasteadas na manhã do desaparecimento de Konanki, indicando condições perigosas do mar. No entanto, a estudante e seus amigos podem ter sido vítimas inocentes após uma noite de bebidas. Na madrugada de 5 de março, por volta das 4h15, Konanki foi vista em um vídeo de vigilância caminhando em direção à praia com um grupo de seis mulheres e dois homens. Seis deles retornaram por volta das 6h, deixando Konanki sozinha na praia com Joshua Riibe, um jovem de 22 anos de Iowa.

Riibe, que também estava de férias de primavera e é estudante da St. Cloud State University, em Minnesota, retornou sozinho por volta das 10h. Ele tem cooperado com as autoridades e não foi nomeado como suspeito. Konanki continua desaparecida.

"Pessoas bêbadas no meio da noite não levam isso em consideração", disse Vilchez. "Enquanto as ondas naquela praia específica podem ser perigosas em condições normais, elas são ainda mais quando a bandeira vermelha está hasteada."

Segundo as autoridades, Konanki e seus amigos foram vistos no bar do hotel bebendo antes de irem para a praia. "No vídeo, os dois são vistos caminhando de lado; eles não conseguiam andar em linha reta", disse Vilchez, referindo-se às últimas imagens de Konanki. "Se eles tivessem entrado na água naquele momento, uma onda poderia facilmente tê-los arrastado."

Riibe teria dito às autoridades que ele e Konanki foram arrastados por uma onda forte e levados pela costa. Após lutar para voltar à terra firme, ele afirmou que vomitou por ter engolido água do mar. "Perguntei se ela estava bem. Não ouvi sua resposta porque comecei a vomitar toda a água do mar que havia engolido", disse Riibe em um depoimento. "Depois de vomitar, olhei ao redor e não vi ninguém. Pensei que ela tinha pegado suas coisas e ido embora. Eu me senti muito mal e exausto. Deitei em uma cadeira de praia, adormeci e acordei mais tarde por causa do sol e das picadas de mosquito."

Especialistas já haviam alertado que a praia é conhecida por suas correntes fortes e imprevisíveis. "Punta Cana está localizada na Passagem de Mona, que conecta o Mar do Caribe e o Oceano Atlântico entre a República Dominicana e Porto Rico", explicou Andrew Wulfeck, meteorologista da FOX Weather. Ele analisou registros costeiros do período do desaparecimento de Konanki. "Como é comum onde dois corpos d'água se encontram, as ondas podem ser erráticas e difíceis de prever, ao contrário dos padrões mais previsíveis frequentemente vistos nas praias da costa leste dos EUA."

Vilchez acredita que não houve tempo suficiente para que Riibe cometesse qualquer ato criminoso e escondesse evidências. "Às 6h, há pessoas indo para a praia para tomar sol", disse ele. "Se ele a tivesse matado, não teria tido tempo para esconder o corpo sem ser visto."

Riibe continua cooperando com as autoridades e não foi nomeado como suspeito. No entanto, seus pais expressaram preocupação com as "condições irregulares" que ele enfrentou durante os primeiros seis dias da investigação. "Apesar de sua disposição total para cooperar, Josh foi detido sob condições irregulares e submetido a interrogatórios extensos sem a presença de tradutores oficiais ou advogados até quarta-feira, 12 de março", disseram seus pais, Albert e Tina Riibe, por meio de seus advogados.

A família de Riibe afirmou que está disposta a continuar cooperando com os esforços de busca e compartilhou sua "profunda tristeza e solidariedade" com a família de Konanki. "Acima de tudo, desejamos contribuir para os esforços de busca e entender a angústia e a incerteza que eles estão passando", disseram. "Joshua Riibe está profundamente consternado com o desaparecimento dela e tem cooperado totalmente na busca e elucidação dos fatos desde o início."

O paradeiro de Konanki permanece desconhecido, e as autoridades afirmam que estão tratando o caso como um desaparecimento, não como uma investigação criminal, embora todas as possibilidades permaneçam abertas. Especialistas também observam que corpos tendem a flutuar de volta à costa dentro de dois ou três dias. Ela desapareceu em 6 de março.

A polícia dominicana está liderando a investigação, com a assistência de várias agências dos EUA, incluindo o FBI e o Departamento de Segurança Interna. Dois detetives do escritório do xerife do condado de Loudoun, cidade natal de Konanki, foram enviados a Punta Cana com permissão das autoridades dominicanas. Eles entrevistaram Riibe na quinta-feira, realizaram trabalhos independentes no local e retornaram aos EUA na sexta-feira.

"O Sr. Riibe não é suspeito de forma alguma", disse um porta-voz do xerife ao Fox News Digital.