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Publicado em 16/03/2025 as 12:00pm

Motorista de entrega ganha US$ 50 milhões em processo contra Starbucks por queimaduras graves causadas por chá

Da redação Um motorista de entrega da Califórnia foi premiado com US$ 50 milhões em um...

Da redação

Um motorista de entrega da Califórnia foi premiado com US$ 50 milhões em um processo contra a Starbucks após sofrer queimaduras graves quando uma bebida quente derramou em seu colo no drive-thru de uma loja da rede. O caso, que ganhou destaque nos tribunais de Los Angeles, expõe questões sobre a segurança no manuseio de bebidas quentes por estabelecimentos comerciais.

Michael Garcia, o motorista envolvido no incidente, sofreu queimaduras graves na região genital após um chá quente de tamanho "venti" derramar em seu colo em 8 de fevereiro de 2020. Segundo seus advogados, o acidente causou danos permanentes e transformou sua vida, exigindo enxertos de pele e múltiplas cirurgias. O processo alegou que a Starbucks foi negligente ao não fixar adequadamente a bebida na bandeja de takeout, o que teria evitado o derramamento.

“Este veredito do júri é um passo crucial para responsabilizar a Starbucks por seu descaso flagrante com a segurança do cliente e sua falha em assumir a responsabilidade”, afirmou Nick Rowley, um dos advogados de Garcia, em comunicado.

A Starbucks, por sua vez, expressou solidariedade a Garcia, mas anunciou planos de recorrer da decisão. Em nota, a gigante do café sediada em Seattle afirmou: “Discordamos da decisão do júri de que fomos culpados por este incidente e acreditamos que os danos concedidos são excessivos”. A empresa também reiterou seu compromisso com os “mais altos padrões de segurança” no manuseio de bebidas quentes.

Este não é o primeiro caso do tipo envolvendo grandes redes de alimentação nos Estados Unidos. Na década de 1990, um caso famoso contra o McDonald’s resultou em uma indenização de quase US$ 3 milhões para uma mulher que sofreu queimaduras ao tentar abrir uma xícara de café no drive−thru. O valor foi posteriormente reduzido, e o caso foi resolvido por uma quantia nãp divulgada abaixo de US$ 600 mil.

No entanto, nem sempre os júris têm decidido a favor dos consumidores. Em outro caso nos anos 1990, um júri no Iowa decidiu a favor do McDonald’s após uma criança derrubar uma xícara de café sobre si mesma.

O caso de Garcia reacende o debate sobre a responsabilidade das empresas em garantir a segurança dos clientes, especialmente em situações que envolvem produtos potencialmente perigosos, como bebidas extremamente quentes. Enquanto a Starbucks se prepara para apelar, o veredito serve como um alerta para a indústria de alimentação sobre a importância de revisar e reforçar práticas de segurança.

Para Garcia, a vitória no tribunal representa não apenas uma compensação financeira, mas também um reconhecimento dos impactos profundos e duradouros que o incidente teve em sua vida.

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