Publicado em 18/03/2025 as 8:00am
Trump afirma que perdões concedidos por Biden a investigadores do 6 de janeiro são "nulos"
Da redação Na madrugada desta segunda-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Donald...
Da redação
Na madrugada desta segunda-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente os perdões concedidos pelo ex-presidente Joe Biden a membros do comitê que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Trump declarou que os perdões foram assinados com "uma abertura automática" e, por isso, deveriam ser considerados "nulos e sem efeito".
Em seus últimos momentos como presidente, Biden concedeu perdões preventivos a figuras como o Dr. Anthony Fauci, o general Mark Milley e membros do comitê da Câmara que investigaram a invasão do Capitólio. A medida foi vista como uma tentativa de proteger esses indivíduos de possíveis retaliações por parte do novo governo Trump, que assumiu o poder após as eleições de 2024.
Trump, que havia previamente alertado sobre uma "lista de inimigos" composta por aqueles que se opuseram a ele ou o responsabilizaram pelas ações relacionadas à eleição de 2020 e ao motim do Capitólio, não poupou críticas à decisão de Biden. Questionado por repórteres a bordo do Air Force One, durante um voo de volta para Washington, se considerava os perdões inválidos, Trump respondeu: "Não é minha decisão. Mas eu diria que eles são nulos e sem efeito porque tenho certeza de que Biden não tinha ideia de que isso estava acontecendo."
A declaração de Trump reacendeu o debate sobre a legalidade e a legitimidade dos perdões presidenciais, especialmente em contextos politicamente carregados. Analistas políticos sugerem que a fala do atual presidente pode ser um prenúncio de ações mais assertivas contra aqueles que ele considera adversários, incluindo possíveis revisões de medidas tomadas pela administração Biden.
O ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, que ocorreu durante a contagem dos votos do Colégio Eleitoral que confirmaram a vitória de Biden, continua a ser um dos eventos mais divisivos na história recente dos Estados Unidos. A investigação sobre o episódio e as consequências políticas para os envolvidos permanecem no centro das atenções, refletindo as profundas divisões partidárias no país.
Enquanto isso, a controvérsia em torno dos perdões concedidos por Biden e as declarações de Trump sugerem que o tema continuará a gerar debates acalorados nos próximos meses, com possíveis implicações para o cenário político americano.