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Publicado em 23/03/2025 as 9:00am

A Política Econômica de Trump

O segundo mandato de Donald Trump começou com uma abordagem econômica agressiva, marcada por...


O segundo mandato de Donald Trump começou com uma abordagem econômica agressiva, marcada por protecionismo comercial, desregulamentação, cortes de impostos e tentativas de influenciar o Federal Reserve. Embora essas medidas tenham como objetivo impulsionar o crescimento da economia americana, elas também geram incertezas; críticos do governos alertam sobre estabilidade financeira, déficit público e a posição dos Estados Unidos no comércio global.

Uma das primeiras ações de Trump foi a imposição de tarifas sobre importações de países como Canadá, México e China. Seu governo argumenta que essas medidas são necessárias para proteger a indústria americana e reduzir o déficit comercial. No entanto, essa estratégia já impactou negativamente os mercados: o índice S&P 500 registra uma queda de 10% em meio às crescentes tensões comerciais. Além disso, há o risco de que países afetados retaliem com tarifas sobre produtos americanos, o que poderia prejudicar exportadores dos EUA.

Outro reflexo do protecionismo é a relação conturbada dos EUA com parceiros comerciais estratégicos. Trump já ameaçou rever ou até abandonar o USMCA (acordo entre EUA, México e Canadá) caso considere que ele não esteja beneficiando suficientemente os interesses americanos. Essa postura, além de gerar instabilidade nos mercados, pode prejudicar o comércio internacional e afastar investidores.

Cortes de Impostos e Impacto Fiscal

Na política fiscal, Trump reforça sua estratégia de redução de impostos, principalmente para empresas e investidores, alegando que isso estimulará o crescimento econômico. No entanto, economistas alertam para os riscos de um déficit público crescente. Caso esses cortes de impostos acabem ampliando significativamente a dívida do governo, podem tornar a situação fiscal insustentável no longo prazo.

Numa tentativa de compensar pelo outro lado, que seria a diminuição dos gastos do governo, a administração Trump tem promovido cortes no orçamento federal, reduzindo o número de funcionários públicos. A justificativa é aumentar a eficiência governamental, mas há uma preocupação quanto ao impacto na qualidade dos serviços públicos.

Cortes de Gastos e Contratos Polêmicos

Um aspecto adicional da política econômica de Trump tem sido os cortes de gastos promovidos pelo Departamento de Gestão e Orçamento (DOGE). Elon Musk, responsável por essa auditoria, identificou diversas áreas com despesas consideradas excessivas e recomendou ajustes orçamentários em setores como saúde, educação e programas sociais. 

Esse inclusive foi um dos assuntos que mais causou polêmicas nas mídias: a revelação de montantes extremamente significativos destinados para projetos controversos que não parecem beneficiar diretamente os contribuintes americanos, como iniciativas que promovem uma agenda ideológica específica – muitas vezes em outros países –, além de contratos com cláusulas pouco transparentes que levantam suspeitas sobre favorecimento a aliados políticos e uso questionável do dinheiro público.

Conclusão

A política econômica de Trump neste início de mandato combina protecionismo, desregulamentação e cortes de impostos, buscando fortalecer a economia americana. Mas muitos alertam que essa abordagem contém riscos elevados e que podem trazer inflação e recessão.

O tempo dirá. E vocês, o que acham que vai acontecer?

Ricardo Miranda é economista com MBA em Finanças e Mestrado em Administração

Quem tiver alguma sugestão de tema relacionado à Economia e Finanças, ou tenha alguma dúvida específica, entre em contato: ricardo@simplekeyrealty.net

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