Surtos de sarampo no Texas e Novo México atingem quase 450 casos

Da redação

Os estados do Texas e Novo México registraram um aumento alarmante nos casos de sarampo, totalizando 444 infecções confirmadas até esta sexta-feira (28). O número representa um salto de 74 novos casos em apenas três dias, em meio a um dos maiores surtos da doença nos Estados Unidos em mais de dez anos.

O epicentro da crise está no Condado de Gaines, no Texas, onde os casos subiram de 226 para 270 em poucos dias. No vizinho Condado de Lea, Novo México, as infecções também avançam, com mais um caso confirmado nesta sexta, elevando o total no estado para 44.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os EUA já contabilizam 483 casos em 2024 – um aumento de 105 infecções em apenas uma semana. O surto atual supera o total nacional de 2023, quando foram registrados 285 casos em todo o país.

Além do Texas e Novo México, outros 18 estados já reportaram infecções neste ano, incluindo: Califórnia, Flórida, Nova York, Michigan, Pensilvânia, Washington

Autoridades de saúde atribuem o avanço da doença à queda nas taxas de vacinação, impulsionada por desinformação e movimentos antivacina. O sarampo é altamente contagioso – uma pessoa infectada pode transmitir para até 90% dos não imunizados ao seu redor.

O sarampo pode levar a complicações graves, especialmente em crianças e imunossuprimidos, incluindo: Pneumonia, Encefalite (inflamação cerebral), Hospitalizações prolongadas

O CDC reforça a importância da vacina MMR (tríplice viral), com eficácia de 97% após duas doses. No entanto, dados preliminares mostram que a cobertura vacinal infantil nos EUA caiu para 93% em 2023, abaixo dos 95% necessários para prevenir surtos.

Enquanto o Texas monitora a expansão do surto, o Novo México ampliou campanhas de imunização em escolas e comunidades rurais. "Estamos em um ponto crítico. A vacinação é a única forma de frear essa cadeia de transmissão", alertou um porta-voz do Departamento de Saúde do Novo México.

Com a tendência de crescimento, especialistas temem que o país se aproxime do recorde de 1.274 casos registrados em 2019. Enquanto isso, hospitais nas regiões afetadas reforçam protocolos de isolamento para evitar novos contágios.

O que fazer?

Verificar carteira de vacinação (duas doses da MMR são recomendadas).

Sintomas como febre alta, tosse e manchas vermelhas exigem isolamento imediato.

Evitar áreas com surtos ativos se não houver imunização comprovada.

A situação serve como alerta global: doenças evitáveis podem ressurgir quando a vacinação diminui. Atualizações sobre o surto podem ser acompanhadas no site do CDC.