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Publicado em 22/04/2025 as 8:00am

Menina de cinco anos morre após ser espancada pelo pai e trancada em “caixa” em Nevada

Da redação Um caso chocante envolvendo a morte da pequena Izabella Loving, de apenas cinco...

Da redação

Um caso chocante envolvendo a morte da pequena Izabella Loving, de apenas cinco anos, abalou a comunidade de Crystal Canyon Boulevard, em Nevada. Segundo o relatório de prisão e a declaração de causa provável divulgados pelo Escritório do Xerife do Condado de Washoe (WCSO), os pais da criança, Nicholas Loving, 35 anos, e Andrea Loving, esperaram quase cinco horas para chamar o socorro depois de encontrarem a filha sem sinais vitais.

A tragédia ocorreu na madrugada do dia 3 de abril. De acordo com os depoimentos, Izabella foi encontrada sem respirar pouco depois das 2h da manhã. Apesar disso, o casal só acionou a emergência às 6h55, momento em que relataram que a menina estava inconsciente e sem respirar. Quando os socorristas do Truckee Meadows Fire e da REMSA chegaram ao local, Izabella foi declarada morta às 7h22.

Durante uma entrevista com o detetive Joe Aceves, Andrea Loving fez uma declaração perturbadora: “Eu deveria ir para a cadeia por não ter ajudado Izabella, Nick deveria ir para a cadeia por matá-la.” A afirmação levantou ainda mais suspeitas sobre a dinâmica familiar e a possível negligência do casal.

A investigação revelou um quadro alarmante de maus-tratos. Os socorristas encontraram evidências extensas de trauma físico, incluindo hematomas no rosto, pelve, quadris, braços e genitais, além de cortes, escoriações e lesões faciais, como um olho roxo e um corte profundo acima do outro olho. Ao todo, dez ferimentos distintos foram identificados apenas no rosto da criança.

Os pais ofereceram explicações inconsistentes para as lesões. Alegaram que Izabella havia sido atingida por brinquedos — incluindo um taco de beisebol de plástico — por um dos irmãos, e que ela sofrera diversas quedas, inclusive de veículos. Nicholas afirmou que a filha chegou a cair de seu caminhão e que ele a segurou pelo braço para salvá-la, justificando os hematomas nos bíceps.

Outro dado chocante veio à tona durante a investigação: Izabella, que vinha tossindo sangue e muco por dez dias antes da morte, dormia em um espaço improvisado, descrito como uma espécie de “cômodo” de 1,5 m² com tranca. Segundo Nicholas, a pequena era mantida ali frequentemente, e em pelo menos uma ocasião ele mesmo a trancou no local — embora tenha responsabilizado Andrea por fazer isso na maioria das vezes. Enquanto as outras duas filhas do casal dormiam em camas queen size, Izabella dormia em um colchão de berço no chão.

Na noite anterior à morte, Izabella havia vomitado e estava com a temperatura corporal anormalmente baixa (entre 35°C e 36°C). Mesmo assim, após um banho, foi colocada para dormir na pequena estrutura. Mais tarde, após ser alertado por outro dos filhos de que Izabella estava vomitando, o casal a encontrou inconsciente. Andrea afirmou que Nicholas a impediu de chamar o 911 e que, em vez disso, ele cogitou fugir com os outros três filhos — de 4, 7 e 10 anos —, enterrar o corpo no quintal ou abandoná-lo e fugir para a casa de seus pais na Virgínia.

O casal apresentou versões contraditórias durante os depoimentos, trocando acusações sobre quem teria sido responsável por não acionar imediatamente os serviços de emergência.

O caso de Izabella Loving está agora nas mãos da justiça, e a comoção provocada pela sua morte reacende o debate sobre falhas nos sistemas de proteção à infância. O casal havia encerrado recentemente um processo junto aos Serviços de Proteção à Criança (CPS), o que levanta questionamentos sobre a eficácia da intervenção estatal em casos de risco familiar extremo.

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